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domingo, março 11, 2007

A opiniao de Orlando Tambosi sobre o aquecimento global.

Domingo, Março 11, 2007

Uma nova religião?

Cuidado, o Deus Ambiente castiga!

Blog do Tambosi [http://otambosi.blogspot.com/]


O ambientalismo se parece cada vez mais com uma religião, notadamente nas suas versões mais radicais. Esquentou, culpa do tal "ser humano". Esfriou, idem. Se o tempo for ameno, ah, aí ninguém é culpado, é obra divina. As novas gerações já têm a cabeça feita por essa ideologia (sim, religião é uma ideologia), muitas vezes travestida de ciência.

A propósito, permito-me levantar um temor. O de que a atual onda condenatória da mísera "humanidade", única responsável pelos males de um planeta supostamente antropocêntrico, conduza a restrições a pesquisas científicas e tecnológicas. Uh, essa pesquisa está proibida porque pode prejudicar o Deus Ambiente; ah, os cientistas estão brincando de Deus, é?.
De quebra, esse mundinho ficará definitivamente como está. De um lado, as nações fruidoras e poluidoras do planeta "moribundo"; de outro, o restolho terráqueo, que jamais alcançará o mais baixo nível de conforto dos países altamente industrializados. Isto está eternamente proibido, não haja dúvidas. Quem tem, tem; que não tem, que se contente em chupar o dedo. E se o país pobretão tiver, digamos, uma floresta esplendorosa, os ricos estarão de olho: precisamos preservar o "pulmão do mundo"! E por aí vai...

Acho importante a educação a respeito dos escassos recursos do ambiente e que se incentive a sua preservação, desde que isto não vire uma uma religião a mais. Não me tomem, pobre coitado, por um monstro destruidor da natureza (quem me dera ter uma fumegante fábrica de cimento, como o Dr. Ermírio, ou dirigir enormes e poluidores automóveis importados, como os novos ricos petistas). O que sempre me inquieta é a unanimidade, a pasteurização de idéias, a confusão de conhecimento e ideologia. Não acho que a mudança de consciência mude o mundo - um erro típico de muitos marxistas. Não carrego a Terra nos ombros, e não me sinto culpado por isto. O sistema solar não está nem aí para nós, que dirá o Universo. E é desolador constatar que, séculos e séculos depois de Copérnico, ainda cultivamos uma visão antropocêntrica do cosmo. Ouso perguntar: não estaríamos engendrando uma religião secularizada, tão castradora quanto a que dominou a Idade Média?

P.S.: termino citando a querida Letícia: no "fim do mundo", só restarão mesmo as baratas e os petistas...

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