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segunda-feira, dezembro 01, 2008

Postagem de um evento antigo...

Por: Superior Tribunal de Justiça
Data de Publicação: 26 de agosto de 2005

Professor Roberto Romano encerra seminário sobre Ética e Responsabilidade Social


"As pessoas seriam justas se fossem invisíveis?". O questionamento foi feito pelo professor de Filosofia Roberto Romano durante conferência de encerramento do Seminário "Ética e Responsabilidade Social na Realização da Justiça", no final da tarde desta sexta-feira (26/8). "O Direito trabalha exatamente com o que é invisível", observa Romano. Ele explica seu pensamento com a distinção entre a ciência/teoria e o valor moral. "No plano físico, um fenômeno no qual um corpo X aciona um corpo Y é algo que pode ser controlado, medido, calculado. Mas se o corpo X for eu e o corpo Y o meu pai, tudo muda". Outra questão que deve ser considerada, ao se tratar de ética e de responsabilidade, na visão de Romano, é o tempo. "Quanto mais a tecnologia nos permite ganhar tempo, menos tempo nós temos. Esse é um grande paradoxo". Veículos da mídia, com a TV e a imprensa escrita, para ele, têm reduzido cada vez mais o tempo das discussões. "A questão do tempo é essencial quando se fala de responsabilidade", afirma o filósofo. De acordo com ele, a pesquisa científica tem sofrido bastante as conseqüências da aceleração do tempo. "O trabalho da pesquisa é necessariamente lento e precisa de muito tempo. Se esses requisitos desaparecem, não temos mais ciência", esclarece. No entanto, ele denuncia, no seu relacionamento com a ciência, o mercado tem exigido resultados cada vez mais rápidos. "Têm acontecido coisas graves, que deveriam chamar a atenção do Ministério Público", adverte o professor. Muitas pessoas, segundo ele, podem vir até mesmo a morrer devido à forma inconseqüente com que são conduzidas determinadas pesquisas envolvendo seres humanos. Concluindo seu pronunciamento, Romano diz que "é preciso ter prudência". "Devemos analisar todas as partes de uma questão, ainda que isso leve tempo", finaliza. O evento, realizado desde ontem no auditório do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), está sendo promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF) em parceria com o MPDFT e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF). Roberta Bastos imprensa@cjf.gov.br (61) 3319-8849

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