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domingo, maio 18, 2008

COMENTÁRIO: NAO QUERO SER DESAGRADÁVEL, MAS CANTEI TODAS ESSAS IDAS E VINDAS DOS "COMPANHEIROS" HÁ MAIS DE 15 ANOS ATRÁS. NO ARTIGO "O SENHOR DA RAZÃO", MOSTRO QUE

"...a discussão sobre o socialismo petista, segundo Lula, não passa pela sociedade. Ocorre intramuros, de forma entrópica, nos exatos limites…do PT. Pouco antes de estabelecer o reino da igualdade coletiva e o fim da livre ação individual, Lula define o que é um partido democrático: este é “capaz de conviver com a adversidade (não seria outro lapso? A intenção, agora, não seria dizer “diversidade”? Se diversidade vale adversidade….) com companheiros em disputa política interna, mas que se consiga definir seus inimigos externos. Isso é ser um verdadeiro petista” (Lula)".

SEMPRE QUE SURGE UMA "ADVERSIDADE", LULA A EXPULSA DE SUA COMPANHIA E, IPSO FACTO, DO NÚCLEO MAIS PODEROSO DO PT. ISTO VEM DESDE A ERA DO SINDICALISMO DE SÃO BERNARDO. TODOS OS QUE SE TORNARAM "ADVERSOS" AO DONO DO PT FORAM EXPULSOS, OU SE CONFORMARAM AO PAPEL DE BAJULADORES (EXPLÍCITOS OU DISSIMULADOS) DO PEQUENO NAPOLEÃO. O IMPORTANTE, PARA O VENCEDOR (SEMPITERNO) E OS VENCIDOS (SEMPRE) DENTRO DAS "ADVERSIDADES" INTERNAS DO PT, É QUE TODOS OS QUE ESTÃO FORA DO PARTIDO SÃO INIMIGOS. O PETISMO EVIDENCIA, NESTE ASPECTO, QUE É MESMO FASCISTA. BASTA LER OS TEXTOS DE CARL SCHMITT, O DEFENSOR JURÍDICO DE HITLER, PARA SABER QUE NAQUELE JURISTA, O IMPORTANTE NA POLÍTICA É DEFINIR OS AMIGOS E OS INIMIGOS. NEM FASCISMO DE ESQUERDA, PORTANTO, O PETISMO É: ELE DEITA RAÍZES NO PENSAMENTO TOTALITÁRIO PARA QUEM TODOS OS QUE SE NEGAM A ACEITAR A MENSAGEM DO PARTIDO SÃO INIMIGOS. ENTENDEM AGORA PORQUE SEMPRE A MIDIA É GOLPISTA, PARA OS ENERGÚMENOS DO PT? O FASCISMO SUPOSTAMENTE CORDIAL DE LULA, A QUALQUER MOMENTO PODE SE TRANSFORMAR EM VIRULENTO. BASTA VER A REAÇÃO DOS SEUS BAJULADORES E CRENTES, QUANDO A CRÍTICA, POR MAIS BEM FUNDAMENTADA QUE SEJA, OU JUSTO POR ISSO, SE LEVANTA. ELES BERRAM, ATACAM A HONRA DOS CRÍTICOS, BABAM SANGUE. TAIS CÃES DE ATAQUE, SOLTOS NUMA CRISE, ESTRAÇALHARÃO CORPOS E ALMAS, E CORRERÃO PARA MOSTRAR SUA BOCA SUJA DE SANGUE AO PATRÃO, COMO "VERDADEIROS PETISTAS".

SE MARINA SILVA NÃO PERCEBEU O PERIGO A TEMPO, SE CRISTOVAM BUARQUE NÃO PERCEBEU O PERIGO A TEMPO, SE OUTROS NÃO PERCEBERAM O PERIGO A TEMPO, A CULPA É DELES, DE SEU APEGO AO PODER QUE SE REVELOU UMA ARMADILHA NA QUAL TOMBARAM POR COBIÇA DE PODER E DE PRESTÍGIO. MARINA, BUARQUE E OUTROS, MERECERIAM UM CULTO REVERENCIAL, SE TIVESSEM ROMPIDO COM O EGOGRATA EM TEMPO CERTO. QUANDO DEIXARAM QUE ELE PISASSE SOBRE SUA DIGNIDADE, PERDERAM O DIREITO DE SEREM RESPEITADOS PELA SOCIEDADE CIVIL E POLÍTICA. FORAM TARDE, MUITO TARDE. MEUS PÊSAMES.

ROBERTO ROMANO




Site Prosa & Política, o artigo de Augusto Nunes.

Lula se superestimou e caiu do cavalo

Entre as inúmeras deficiências de caráter do presidente Lula, uma vem tomando mais vulto a cada dia, trata-se da forma desleal e indigna como usa os “companheiros”. Serve-se deles para seu objetivos e depois os descarta como algo inútil. Foi isso que ele fez com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, mas por sorte da justiça e azar dele, a infâmia saiu-lhe ao contrario. Marina até então uma figura apagada entre as grandes “estrelas” ministeriais, discreta e correta, cresceu com sua saída do governo, fato que se tornou um ponto de críticas mordazes contra o governo, no Brasil e no exterior. (Giulio Sanmartini)

O artigo abaixo, de Augusto Nunes faz ver de forma inteligente e clara, essa situação:

Depois da surpreendente punhalada que fere fundo, o afago que afoga dores, cauteriza feridas e sufoca revides. O presidente Lula recorreu de novo a essa fórmula, testada com freqüência crescente desde janeiro de 2003, para enfraquecer ainda mais a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sem se expor ao risco de ver fora do governo uma figura mundialmente admirada como defensora da Amazônia.

"O companheiro Mangabeira vai ser o coordenador dos trabalhos", informou Lula ainda no meio do discurso que celebrou o lançamento do Plano Amazônia Sustentável. Era a punhalada: até aquele momento, a ministra acreditava que o posto lhe pertencia. "Mas ninguém tira de você, Marina, a idéia de ser a mãe do PAS", consolou o orador. Era o afago, sublinhado pelo sorriso confiante de quem está até cansado de tanto vencer.
Marina reagiu ao recado com o sorriso sem luz de quem enfim se cansara de perder. Compreendeu que, antes de ser promovida a mãe de sigla, perdera a guarda do filho para o ministro Mangabeira Unger, um sotaque à caça de idéias. Era o beijo da morte, constatou. Lula não percebeu que fora longe demais.

"Estou casado há 34 anos, e tenho uma relação política com Marina Silva há 30", diria com voz de espanto na terça-feira, cinco dias depois do desastrado improviso, um Lula atônito com a demissão da acreana franzina e valente que conheceu quando o PT nem nascera. A carta de despedida atesta que não há diferenças relevantes para a jovem discípula de Chico Mendes e a remetente. Quem mudou – e muito – foi o destinatário.
O Lula do século passado não dava um pio sobre questões ambientais sem consultar a companheira que nascera no meio da mata, começara a alfabetizar-se já adolescente, resistira a todas as doenças da selva, sobrevivera como empregada doméstica e chegara ao Senado com pouco mais de 30 anos. O novo Lula reduziu a estorvo o que já foi oráculo.

Marina talvez devesse ser menos teimosa, sugere um ligeiro balanço da gestão. Lula certamente não deveria ser tão flexível, sabem até as sucuris de quartel. O chefe do PT que ouvia Marina é o chefe de governo que ouve Blairo Maggi. A ministra ama a Amazônia, embora não saiba com clareza como defendê-la. O governador de Mato Grosso odeia a floresta, e sabe como destruí-la. "A crise dos alimentos só será resolvida com a derrubada de árvores", receita o terror das matas.

"Se deixar, ele planta soja até nos Andes", preveniu Carlos Minc horas depois de aceitar o convite para instalar-se no gabinete que Marina desocupou. Lula garante que Maggi, além de bom companheiro, é homem sensato. "Ele saberá conciliar o agronegócio com a preservação do ambiente", ilude-se. Abalado pelo contra-ataque, o presidente decolou rumo à estratosfera.

"A companheira Marina se foi, a política ambiental continua", viajou. Que política? A que entrega imensidões territoriais aos índios de Roraima ou a que mata de desnutrição as tribos de Rondônia? A que combate a devastação no Pará ou a que não enxerga nem ouve as motosserras de Mato Grosso?

E quem será o pai da sigla sem mãe? Carlos Minc, que desconhece a Amazônia? Ou Mangabeira Unger, que finge conhecê-la? Talvez seja melhor deixar o PAS na orfandade. Serão bem maiores as chances de não acabar perdido na floresta.

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