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sexta-feira, maio 02, 2008

Comentário :

No Blog Politica e Prosa...a tática do gambá: jogar um fedor contra quem, real ou imaginariamente, ataca o seu lado.
Que a UFBA está em crise, com toda a universidade brasileira, isto não autoriza ninguém a dizer que "o baiano é isso ou aquilo". Não sou politicamente correto e conheço os limites entre o respeito aos outros e a arrogância de quem imagina que o ouvido dos outros é penico. Os arrogantes que se dão o direito de dizer o que desejam, ouvem o que não desejam. Não quero desviar coisa nenhuma da crise universitária. Desde longa data a denuncio e critico, basta ler a entrevista que dei a Caros Amigos, na epoca de FHC, quando afirmei que o então ministro da Educação mentia. Agora, não confundam Caçarolinha de assar leitão com Comadre Aninha de Sá Leitão! São coisas diferentes, a crise dos campi e o deboche sobre "o baiano". Lembro ainda que, no período FHC, defendi os professores da Universidade de Recife, acusados pelo titular da Educação de não fazer pesquisa. Quem tinha o menor contacto com os Departamentos de Fisica, Informática, Biologia, etc. daquela universidade, sabe que era calúnia. É de calúnia que se tratava, é de calúnia que se trata hoje, com o professor no mínimo imprudente. Não ser politicamente correto não significa veicular juizos caluniosos sobre um coletivo, do qual não se conhece todos os matizes culturais, técnicos, etc.

Roberto Romano

Querem desviar o foco do desmonte da Ufba
Por Chico Bruno

O coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), professor Antônio Natalino Manta Dantas, justificou o baixo rendimento dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como conseqüência do "baixo QI - Quociente de Inteligência – dos alunos".A justificativa e os comentários sobre a cultura baiana foram interpretados, com furor pelos defensores do politicamente correto.

Até agora fiquei na dúvida. Meto ou não a mão nesta cumbuca baiana. Como escolhi em 1975 a Bahia para viver, casei com uma baiana e meus filhos são baianos decidi não ignorar essa discussão que gerou reações imbecis, ignorantes e racistas.
Li artigos de Tasso Franco e Janio Lopo (leia aqui), e ouvi Mário Kertész sobre o assunto em tela.

Concordo com os três. As reações imediatas nos remeteram a um excessivo patrulhamento ideológico, como se o professor Manta não pudesse expressar sua opinião sobre o que quer que seja. Essa é uma atitude preconceituosa numa democracia.
As reações do reitor e do governador foram açodadas, principalmente em função da responsabilidade dos cargos que exercem, principalmente, por que além do que disse o professor, deve haver muito mais coisa errada no curso de medicina da Ufba, do que a nossa vã filosofia imagina.

Tachar o professor de racista é a saída dos que não querem enfrentar o problema principal que é a condição precária da universidade federal baiana e não apenas do curso de medicina.Quem conhece as instalações da Ufba sabe que elas estão em estado falimentar.

Reduzir a discussão ao exemplo citado pelo professor do berimbau é querer mascarar o fato que detonou todo o imbróglio.
Principalmente, por que o berimbau e o baticum da percussão não é unanimidade na Bahia, no Brasil e no Mundo, afinal, toda “unanimidade é burra”, como definiu Nelson Rodrigues.

O fato principal a ser focado é que o curso de medicina da Ufba foi considerado ruim (nota dois) no teste do Enade.
Vale abrir um parêntesis, para que os leitores entendam que a nota um representa péssimo, dois é igual a ruim, três é regular, quatro é bom e cinco é ótimo.

Quem deve explicações pelos desempenhos sofríveis das universidades federais de Alagoas, Bahia, Amazonas e Pará, é em primeiro lugar, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e em segundo lugar os reitores destas unidades educacionais.

Ao governador da Bahia não cabe classificar o professor Manta de “imbecil”, mas sim cobrar do MEC e do presidente Lula que a universidade federal da Bahia tenha um tratamento adequado ao ensino superior, que, aliás, vem sendo desmontada desde os tempos da ditadura.

O resto é conversa fiada de quem quer se promover à custa do professor para ter um minuto de fama na mídia

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