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sexta-feira, junho 27, 2008




O EXCELENTE ALVARO CAPUTO, COM O EXTRA DO PÉROLAS





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Perolas – edição extra

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Dona Ruth
Que emoção estranha essa, de se comover com a dor alheia.Não sou de me emocionar assim tão fácil. Mas vendo a dor de FHC, o peito apertou.De repente, seus cabelos me pareceram mais brancos, suas mãos me pareceram sozinhas, agarradas ao amigo José Serra,como que na ausência das mãos que partiram. Mais sozinhas ainda, cruzadas sobre o peito, subitamente abandonadas.

Nossa dor de população é sincera, sobretudo por ser anônima. Nada do fingimento de alguns, que exibiram abraços e pesardiante das câmeras e flashes, mas logodesmascarados em imagens furtivas, ali mesmo, diante daquela que sequerdeveriam ter ido homenagear, vergonha tivessem.Malvado destino esse, de levá-la em data que deveria ser de festa. Deixando quase que irremediavelmente entristecidostodos os que respeitam a sobriedade e a elegância, a inteligência e a cultura, tão fora de moda nestes tristes dias.

email que recebi de uma amiga

Uma analise das diferenças.......
.....Que todos os criminosos paguem por seus atos, pertençam a que partido for. Mas eu faço, sim, a distinção entre quem corrompe a institucionalidade e quem “apenas” viola a legalidade. Sabem por quê? Porque a corrupção da instituição fica inscrita na memória do país.A distinção nem é minha, confesso. É de Padre Vieira, no Sermão do Bom Ladrão, já tantas vezes comentado aqui Vai de memória, mas é fácil achar na Internet: “O ladrão que rouba para comer não vai nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, são os ladrões de mais alto calibre e de mais alta esfera, os quais, já com manha, já com força, roubam e despojam os povos”. Ou mais adiante: “Uns ladrões roubam e são enforcados; outros roubam e enforcam”.Meu apreço pelo senhor Paulo Maluf é zero. Ela já me processou inclusive. E perdeu. Meu apreço pelo sr. Collor de Mello é zero. Ele também já me processou e também perdeu. Mas sustento que estes dois senhores, de biografia tão notória, fizeram muito menos mal ao Brasil do que os petistas. Não, isso está longe de ser uma defesa de ambos. Penso a respeito desses senhores o que pensava antes — e que os levou a me processar —, mas suas práticas, a não ser para seus fãs empedernidos, entraram para o rol das coisas condenáveis.

Com os petistas é diferente. Um senhor, advogado e lobista de um fundo estrangeiro, que participou da compra e venda de uma empresa num processo que a própria Anac admite estar eivado de ilegalidades, é recebido seis vezes pelo presidente da República. E vem um ministro de estado dizer que, bem..., não há nada demais nisso. Como não há nada demais no fato de ambos serem compadres, com todas as conhecidas intimidades próprias do compadrio que já estão provadas.O petismo faz o crime parecer tão natural quanto dizer: “Hoje é terça-feira”.Assim, petistas, desistam: tratarei desigualmente os desiguais. E sempre que um petralha grita que nao sou isento, penso: "Que bom! Sinal de que ainda sei distinguir desigualdades".

Reinaldo Azevedo
Reprodução/Reprodução













Larissa, filha de Roberto Teixeira, Cristiano, genro de Teixeira, Lap Chan, do Matlin Patterson, Valeska, filha de Teixeira, Marco Audi, da VarigLog, Lula, Guilherme Laager, então presidente da Varig, Eduardo Gallo, da VarigLog, Santiago Born, do Matlin Patterson e Roberto Teixeira

Lula sabe o que fez

O advogado Roberto Teixeira é amigo do presidente Lula há mais de 25 anos. Nessas duas décadas e meia prestou vários serviços ao presidente, pessoais e financeiros.Além de ser padrinho de Luís Cláudio, filho mais novo do presidente, Roberto Teixeira tem a sua filha Valeska como afilhada de Lula. Por oito anos, Teixeira também cedeu à família Lula da Silva (sem cobrar nada) uma casa para que ela pudesse morar.Quando Lula finalmente decidiu comprar um imóvel em 1996 (uma cobertura em São Bernardo do Campo), foi Teixeira quem o ajudou a fechar o negócio. O advogado chegou a comprar um carro de Lula para que o presidente pudesse "inteirar" a compra do imóvel. Outros dois apartamentos de Lula também já pertenceram a uma empresa que foi de Roberto Teixeira.

Após tanta generosidade, ficamos sabendo agora que Teixeira embolsou vários milhões de dólares para intermediar a venda da Varig à VarigLog. É um negócio cercado desuspeitas e possivelmente fora da lei, já que a legislação brasileira impede que grupos estrangeiros controlem uma empresa aérea nacional.Com a ajuda de Teixeira, a VarigLog passou para as mãos do fundo estrangeiro Matlin Patterson. Outros três sócios brasileiros que entraram no negócio seriam apenas uma fachada para não caracterizar a ilegalidade.Segundo a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, partiu do próprio Palácio do Planalto a decisão de dispensar os sócios na transação de comprovarem a origem do dinheiro para o negócio.Lula já disse no passado que sua relação com Teixeira é só de amizade e que não é casado em comunhão de bens com o advogado. Disse também não saber quem são os clientes dele.


Não é verdade. No caso específico da VarigLog, o presidente não apenas sabia quem eram os clientes de Teixeira como se deixou fotografar com todos eles dentro do Palácio do Planalto. Nesse caso, o presidente não tem como negar, como já fez no passado, que não conhecia os clientes do advogado. Clientes que, por sinal, devem ter ficado muito impressionados com o acesso que Teixeira tem ao seu amigo presidente.Teixeira também não conta toda a verdade sobre o caso. Na semana passada, enrolou senadores em Brasília ao dizer que recebeu apenas US$ 350 mil da VarigLog para dar uma força no negócio. Quatro dias depois, reportagem do 'Estado' revelou que Teixeira recebeu pelo menos US$ 3,2 milhões. Agora, o próprio Teixeira admite que o contrato tem um valor total de US$ 5 milhões (R$ 8 milhões).

Em 2005, Lula afirmou que não sabia e que não foi avisado sobre o maior escândalo de seu governo, o mensalão। No caso da VarigLog, o presidente também pode negar que tenha tomado conhecimento das suspeitas de irregularidade que cercam o negócio, como a preponderância do capital estrangeiro no controle da empresa.Mas não há dúvida sobre o que o presidente sabe: onde morou de graça nos oito anos financiados por Teixeira e o que estava fazendo naquela foto.

Fernando Canzian na Folha Online

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