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Anti-semitismo disfarçado
Roberto Romano
Notícias das agências internacionais indicam que 78% de judeus votaram, nas últimas e leições presidenciais norte-americanas, em Barack Hussein Obama. O fato derruba os argumentos falaciosos dos anti-semitas, militantes daquele país e do nosso, contra os filhos de Israel. Com base em calúnias antigas, cujo paradigma é o forjado “Protocolo dos Sábios de Sião”, aqueles setores tentam separar a luta dos judeus das conduzidas por negros e demais vítimas do racismo. A história da esquerda anti-semita tem muitos anos atrás de sí. Basta recordar o que foi praticado contra médicos judeus no entardecer da tirania stalinista, quando o dono do proletariado soviético inventou processos contra profissionais da saúde, em 1953, apenas dois meses antes de morrer. Quem deseja mais informação e for honesto intelectualmente (tal virtude falta em muitos líderes e intelectuais da nossa esquerda, ávida de maniqueísmo) leia o livro de Vladimir Naumov e Jonathan Brent: Stalin’s Last Crime, the Plot Against the Jewish Doctors, 1948-1953 (Harper Collins Publishers, 2003). Com apoio em documentos abertos ao público após a queda da URSS, os autores mostram as raízes nauseantes do anti-semitismo gerido pelo Kremlin, espalhado por todos os partidos comunistas sob suas ordens, inclusive no Brasil.
Nos governos brasileiros de hoje, dos municípios ao plano federal, muitos grupos foram aleitados no ódio ao povo judeu, sob o disfarce de anti-sionismo. Para dissimular uma ideologia assassina, aqueles operadores do Estado proclamam não sentirem a paixão que levou alemães e eslavos à indiferença ou mesmo apoio diante do Holocausto. Mas quando instalados em postos estratégicos, eles tudo empreendem para destruir o Estado de Israel, fonte de segurança e promessa de que não haverá novo genocídio contra os judeus. É assim que devemos prestar atenção ao alerta da B’nai B’rith brasileira, transcrito abaixo. Pessoalmente, apoio com todas a forças o seu protesto.
“Brasil e Irã: relações perigosas? A B’nai B’rith do Brasil, entidade judaica de defesa dos Direitos Humanos, vê com preocupação a crescente aproximação dos governos do Brasil e do Irã. A visita do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim ao Irã vai além do estreitamento dos laços comerciais. A visita tem sido acompanhada por uma comitiva de empresários com o objetivo de reforçar o comércio entre os países. Fato louvável e que todo governante deveria se preocupar constantemente, além de atuar para manter o seu país estruturalmente competitivo e com adequado nível educacional.
Acontece que o Presidente Iraniano sr. Mahmoud Ahmadinejad declarou a sua intenção e objetivo de destruir o Estado de Israel, um país legitimamente constituído e a única democracia atuante no Oriente Médio. Financia o movimento terrorista Hezbollah, situado no Líbano e apóia econômica e politicamente outros movimentos de caráter fundamentalista islâmico. O Irã é acusado formalmente pela Argentina pelo atentado à AMIA - Associação Mutual Israelita Argentina, e à Embaixada de Israel que deixou centenas de mortos e feridos.
O Irã tem se aproveitado dos desejos de alguns mandatários e seus assessores de confrontar os Estados Unidos e estabelecido relações ‘perigosas’ para a democracia de nossa região latino-americana. O governo iraniano hoje persegue as minorias religiosas como os bahai’s que são presos e torturados e considera crime, condenado com a morte, a conversão de um muçulmano ao catolicismo ou a qualquer outra religião. A política do pragmatismo econômico, a expansão dos negócios, não pode fechar os olhos a esta realidade. O Brasil democrático e pluralista não tem porque não sustentar e promover os seus grandes valores de uma sociedade integradora e promotora da paz. Abraham Goldstein, co-presidente da B’nai B’rith do Brasil”.
É tempo de examinar a fundo o anti-semitismo brasileiro de esquerda, que no poder se cobre com o manto do realismo comercial. Depois da catástrofe, será muito tarde.
Nos governos brasileiros de hoje, dos municípios ao plano federal, muitos grupos foram aleitados no ódio ao povo judeu, sob o disfarce de anti-sionismo. Para dissimular uma ideologia assassina, aqueles operadores do Estado proclamam não sentirem a paixão que levou alemães e eslavos à indiferença ou mesmo apoio diante do Holocausto. Mas quando instalados em postos estratégicos, eles tudo empreendem para destruir o Estado de Israel, fonte de segurança e promessa de que não haverá novo genocídio contra os judeus. É assim que devemos prestar atenção ao alerta da B’nai B’rith brasileira, transcrito abaixo. Pessoalmente, apoio com todas a forças o seu protesto.
“Brasil e Irã: relações perigosas? A B’nai B’rith do Brasil, entidade judaica de defesa dos Direitos Humanos, vê com preocupação a crescente aproximação dos governos do Brasil e do Irã. A visita do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim ao Irã vai além do estreitamento dos laços comerciais. A visita tem sido acompanhada por uma comitiva de empresários com o objetivo de reforçar o comércio entre os países. Fato louvável e que todo governante deveria se preocupar constantemente, além de atuar para manter o seu país estruturalmente competitivo e com adequado nível educacional.
Acontece que o Presidente Iraniano sr. Mahmoud Ahmadinejad declarou a sua intenção e objetivo de destruir o Estado de Israel, um país legitimamente constituído e a única democracia atuante no Oriente Médio. Financia o movimento terrorista Hezbollah, situado no Líbano e apóia econômica e politicamente outros movimentos de caráter fundamentalista islâmico. O Irã é acusado formalmente pela Argentina pelo atentado à AMIA - Associação Mutual Israelita Argentina, e à Embaixada de Israel que deixou centenas de mortos e feridos.
O Irã tem se aproveitado dos desejos de alguns mandatários e seus assessores de confrontar os Estados Unidos e estabelecido relações ‘perigosas’ para a democracia de nossa região latino-americana. O governo iraniano hoje persegue as minorias religiosas como os bahai’s que são presos e torturados e considera crime, condenado com a morte, a conversão de um muçulmano ao catolicismo ou a qualquer outra religião. A política do pragmatismo econômico, a expansão dos negócios, não pode fechar os olhos a esta realidade. O Brasil democrático e pluralista não tem porque não sustentar e promover os seus grandes valores de uma sociedade integradora e promotora da paz. Abraham Goldstein, co-presidente da B’nai B’rith do Brasil”.
É tempo de examinar a fundo o anti-semitismo brasileiro de esquerda, que no poder se cobre com o manto do realismo comercial. Depois da catástrofe, será muito tarde.