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quinta-feira, julho 12, 2007

No Blog Perolas de Alvaro Caputo....






A PF prendeu mais um dos envolvidos no esquema de fraudes em licitações da Petrobras. Há suspeitas de que o esquema seja maior: só uma das empresas fez serviços em três plataformas
JB

Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na Operação Águas Profundas identificaram indícios de que parte dos recursos obtidos em fraudes nas licitações da Petrobras foi para caixa de campanha de um grupo de políticos fluminenses nas últimas eleições. Os envolvidos nas fraudes foram flagrados em escutas telefônicas detalhando como o dinheiro seria entregue aos políticos.
Globo

Ruy Castanheira de Souza, advogado e contador preso pela Polícia Federal na Operação Águas Profundas sob acusação de movimentar o dinheiro desviado por esquemas de fraude na Petrobras e em ONGs, tem contatos e trajetória marcados pela política.
Além de ter ocupado cargos públicos, na campanha de 2006 ele doou R$ 14.460 à deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ), segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Foram três contribuições - duas em 2 de agosto (R$ 5.660 e R$ 3.300) e uma em 19 de setembro (R$ 5.500) - que equivaleram a 9,62% dos R$ 150.310 oficialmente arrecadados pela parlamentar na disputa política do ano passado. Solange argumentou que as doações foram legais.
Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" revelou ontem que outro deputado, Carlos Santana (PT-RJ), recebeu R$ 50 mil de Castanheira. Santana nega conhecê-lo.
Portal G1

Eles não são nossos amiguinhos?????

Quanto mais as exportações brasileiras de carne bovina crescem, mais ferozes são as reclamações na União Européia contra a entrada do produto no bloco.
O bombardeio, liderado por pecuaristas irlandeses, chegou agora ao ombudsman da UE, recurso nunca antes utilizado por representantes europeus do setor agropecuário. O ombudsman investiga casos de má administração em instituições e organismos do bloco. O alvo da ira de um grupo de 12 associações da Grã-Bretanha e Irlanda é o comissário de Saúde e Proteção do Consumidor da UE, Markos Kyprianou, acusado de facilitar a entrada da carne brasileira e de interferir nos direitos dos agricultores europeus.
Valor


Os donos do poder no Brasil são os maiores estimuladores da violência política (ainda quando embalada em cordialidade retórica ou em apelos à ética). Porque numa sociedade em que o que vale mesmo é a força o mais forte tem uma chance enorme de acabar se dando bem. Ainda que de tempos em tempos a elite precise queimar um dos políticos dela na praça principal para que a turba acredite na existência de alguma forma de justiça. E para que o populacho volte ao lar saciado, para continuar vivendo sua miserável existência. Enquanto isso os banqueiros no Brasil continuam cobrando 10% ao mês de juros no cheque especial (para uma inflação de 3% ao ano) e praticando extorsão nas tarifas, sem que o cidadão comum possa reagir contra o cartel dos bancos. Enquanto isso latifundários devem bilhões aos bancos públicos com a certeza de que nunca precisarão pagar as suas dívidas. Enquanto isso metade da força de trabalho do país não tem qualquer direito (além, é claro, do direito de vender a sua força de trabalho), sendo que a receita apresentada pelos sabichões para enfrentar o problema é retirar direitos de quem os tem. Enquanto isso o mesmo governo que diz não ter terras para democratizar a estrutura fundiária mais injusta do mundo afirma que elas estão sobrando para acolher o capital financeiro interessado em investir no etanol. Enquanto isso, mais de um século depois do fim da escravidão, os descendentes de escravos ainda não adquiriram na prática o direito à propriedade -e quando lutam por isso são acusados de atacar o sacrossando direito à propriedade. Enquanto isso o filho do pobre passa anos na escola pública sem ter aulas dignas do nome e assiste ao filho do rico ganhar de presente a vaga na universidade pública e gratuita. Nenhuma dessas coisas é tratada entre nós com escândalo. Nada disso é motivo para campanhas furiosas e obsessivas. Não à toa somos uma das sociedades mais reacionárias do planeta. Paro por aqui. Eu invejo os romanos. No tempo deles o circo pelo menos vinha acompanhado do pão. Já o Brasil do século 21 é o país em que a falta de pão se compensa pelo excesso de circo. Sem que as pessoas percebam uma verdade simples. Ditadura e arbítrio não reduzem a corrupção. A única forma de combater eficazmente a corrupção é haver democracia e justiça. Inclusive justiça para os corruptos. O Brasil é o país em que o político corrupto perde o mandato, torna-se inelegível e vai para casa gastar o dinheiro que tomou indevidamente. Eu preferiria que fosse diferente. Que ele mantivesse o mandato obtido e que a fúria popular pressionasse a Justiça para, com base em provas, devolver ao público o que foi roubado (ou furtado, em linguagem técnica). E que a Justiça colocasse o corrupto atrás das grades por uma temporada. Mas isso ninguém quer. E estão certos. Afinal, para que mudar algo que funciona tão bem?
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