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sexta-feira, julho 27, 2007

No Blog Perolas, de Alvaro Caputo...



Os Pensamentos do Dia

A bolha imobiliária e o fim da hegemonia americana

Somando tudo o que a revista “Economist” e outros analistas de enorme reputação escreveram sobre a economia americana, é extraordinário que a catástrofe anunciada ainda não tenha ocorrido. Nos últimos três anos, a respeitadíssima revista previu por igual número de vezes o estouro da bolha imobiliária americana.Ou tome-se o igualmente respeitado historiador britânico Niall Ferguson, por exemplo. Ainda em 2004 ele publicou “Colossus – the Rise and Fall of the American Empire”, um livro de agradável leitura tratando de provar como a maior potência do mundo está apoiada em pés de barro – a economia. E como o estouro da bolha imobiliária significaria muito mais do que perdas para investidores: seria o irrefreável fim da posição americana de única mega potência.

Pela segunda vez neste ano, os mercados no mundo inteiro sofreram severas perdas por conta de temores em relação à economia americana. As quedas desta semana, especialmente as ocorridas nesta quinta feira (26/07) tem um foco bastante fechado: refletem o fato de que os operadores nos mercados não confiam em papéis apoiados em créditos concedidos a devedores americanos que evidentemente não estão em condições de saldá-los.Que devedores são esses? São os consumidores normais, os que se acostumaram a se endividar mais do que a prudente aritmética permitiria, incentivados pela valorização de ativos (a casa própria) que agora, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, cada dia valem menos. E incentivados por uma oferta de crédito fácil que começou a ser retirada.

Foram os homens e mulheres que reelegeram Bush em 2004.É óbvio que não estou afirmando que os eleitores de Bush são apenas gente inadimplente – apenas volto a lembrar que as eleições de 2004 foram decididas pela expectativa de que os bons tempos de consumo farto, crédito barato e impostos baixos continuariam com Bush.Parece bastante razoável dizer, a esta altura do declínio do mercado imobiliário nos EUA, que a conta na qual milhões de americanos acreditaram nunca poderia fechar. Ou, para lembrar uma frase pronunciada recentemente pelo mega investidor (ou mega especulador) George Soros numa entrevista ao “Jornal da Globo”: “as pessoas querem ser enganadas”.

No caso do consumidor/eleitor americano, é um engano de preço altíssimo. Economistas das mais variadas escolas já assinalaram o quanto o desempenho da economia americana depende da voracidade do consumidor, o quanto essa voracidade foi mantida por crédito fácil, o quanto esse crédito fácil foi mantido pela compra de papéis americanos por parte das prósperas economias asiáticas – e o quanto esse círculo um dia andaria ao contrário, como fez questão de assinalar o “Economist”.

É o começo de um espetacular e desastroso tombo do colosso? Não tenho essa resposta. A mesma situação da economia americana trinta anos atrás já teria produzido (por força do duplo deficit) uma crise devastadora – o mundo de hoje sempre surpreende aos economistas com fatores (o apetite da China por papéis americanos, por exemplo) que explicam porque o que se previa não aconteceu.Os historiadores continuam envolvidos num atraente debate sobre quanto tempo levou a queda do Império Romano: 200, 300 ou 500 anos? O da Espanha levou uns 200? Mas o império britânico acabou em “apenas” 40 anos, não é mesmo? E o da União Soviética? A queda começou em 1989, com o Muro de Berlim, e completou-se em 1991 ou já havia sido iniciada muito antes – digamos, quando a URSS invadiu o Afeganistão, em 1979?Para os que acham que o ritmo da queda dos impérios está se acelerando, é bom lembrar também que o mundo nunca viu um império como o americano

William Waack no seu blog


Sobre o "noço lider"...

As piadas de mau gosto de um presidente falastrão e insensível, na posse do novo ministro da Defesa, ofenderam as duas centenas de famílias brasileiras enlutadas desde 17 de julho

Editorial do Estado
 
Uma frase lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a eleição de 2006, quando ele disputava o cargo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), foi parar no YouTube um dia depois do acidente com o Airbus-A320 da TAM, que matou pelo menos 199 pessoas.

"Veja o aeroporto de Congonhas. Você deveria me agradecer", diz Lula ao tucano, após ser questionado sobre a ausência de investimento na área de transporte do país. Lula e Alckmin participavam do primeiro debate eleitoral, transmitido pela TV Bandeirantes, no dia 8 de outubro. O encontro foi tenso, crivado de críticas e ataques.

O vídeo, que foi colocado no YouTube no dia 18 deste mês, tem 50 segundos e aparece ao lado da frase: "Agradecer?".
http://www.youtube.com/watch?v=4Cm9C6bfQ8Y

Folha

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