Navalhadas
Especialistas em aquarelas, bons de ouvido, estão de orelha em pé com o que ouviram das fitas que desbotaram o mandato do senador Joaquim Roriz.Um número cabalístico - 200 - assombra o material encaminhado pela Polícia Federal ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP)Algo em torno de duas centenas de nomes da fina flor da sociedade brasiliense - do Executivo, do Judiciário, da Câmara Distrital e do empresariado local - enfeitam os diálogos coloridos e nada republicanos da fitalhada que ainda não veio à tona.É isso que explica o ar tenso e pesado que sobrevoa Brasília, nas últimas horas.
Preparem-se para novas emoções.
"É grave", Tuma, com seu vasto bigode de xerife.
(Atualização das 22h22: Tem mais Nenê Constantino, dono da GOL, nas fitas em poder de Tuma e do Ministério Público do Distrito Federal. E aparece o nome do ex-senador e ex-ministro da Justiça Iris Rezende. Tem uma firma de engenharia, também. E referências a um jornal local.)
Noblat
O Brasil não merece. Ou, merece?????
Provável sucessor de Joaquim Roriz no Senado, o suplente Gim Argello recebeu mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo, depositado em sua conta, sem comprovar a origem dos recursos. A movimentação suspeita, ocorrida entre 1999 e 2001, foi detectada pela Receita Federal, resultando numa autuação que hoje chega perto de R$ 1 milhão, incluindo o imposto devido, multa e correção
Folha
O Ministério Público e a Polícia Civil do Distrito Federal apuram o envolvimento de Gim na partilha do cheque de R$ 2,2 milhões do empresário Nenê Constantino. Ele responde ainda a outros seis inquéritos e processos. O PSOL anunciou que prepara uma representação por quebra de decoro parlamentar. E o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), defendeu a investigação mesmo sobre atos anteriores ao mandato.
Globo
O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Civil de Brasília investigam relatos de que o suplente do ex-senador Joaquim Roriz, Gim Argello (PTB-DF), teria recebido R$ 500 mil dos R$ 2,2 milhões sacados a partir do cheque repassado pelo empresário Nenê Constantino a Roriz.
Portal G1
Mais um detalhe miserável para traçar a biografia do ex-corretor de imóveis de Taguatinga (cidade-satélite de Brasília) Gim Argello, futuro senador pelo PMDB de Brasília.
Na década de 90, o entroncado Argello atuou como segurança do notório Sérgio Naya, o empreiteiro que desabou com o arenoso edifício Palace II, no Rio.
Tinha uma fidelidade tão canina ao chefe que o ajudou a dar uma surra, com bastão de beisebol, num vigarista libanês sexagenário que enganou Naya e uma conhecida figura do socialaite brasiliense, amiga do primeiro e amante do segundo.
Em sociedade, tudo se sabe.
Noblat
