|         16/08/2008 às 08:20:00h Pancadaria no STF Por  Eduardo Mahon (*) A  briga entre os Ministros Joaquim Barbosa (mais um de muitos rounds) e o Eros  Grau sintomática do que falávamos sobre o Supremo Tribunal Federal e os  tribunais superiores. A “decisão contra o povo brasileiro”, expressão utilizada  por Joaquim Barbosa demonstra exatamente qual a linha doutrinária à qual está  filiado e o impacto da mídia sobre o convencimento do Ministro do STF. O que se  dá naquela Corte Suprema não é apenas antipatias comezinhas e sim embates sérios  entre dois pontos de vista diametralmente opostos sobre a função judicial e a  força do ativismo judiciário. De  um lado, o revanchismo penal contra os inimigos do Estado, aleatoriamente  escolhidos pela mídia, a calcar o entendimento de julgadores. Na visão de um  grupo, de uma doutrina, de uma tendência, o direito penal serve de barreira  ética para a defesa do povo e do Estado, ao estilo de um autoritarismo  reformado, perigosamente infiltrado na mente judiciária sob os holofotes da  mídia. Surgem, então, os amigos e os inimigos do povo, devendo serem tratados  por uma linha jurisprudencial de combate, belicista e anti-liberal. De outro,  ainda restam julgadores que entendem o direito penal não como primeira frente de  artilharia, mas como retaguarda odiosa da linha de controle social e o processo  penal como mecanismo a favor do acusado e não contrário.  No  entrevero, “velho patético” para Eros Grau é apenas o contorno da educação  pessoal e da compostura profissional, sempre a açular que as ordens de soltura,  anulações de processo, medidas de garantias, são tomadas de forma heterodoxa, em  múltiplas insinuações dentre as quais ser “inimigo do povo” é a mais branda. De  fato, ser vítima da ferocidade de tais acusações e do descontrole verbal não  seria tão humilhante, porquanto o “velho patético” está conservando o estado  democrático de direito, ainda que frontalmente questionado por colegas. Esse é  um dos ônus de manter a postura impávida na defesa da presunção de inocência em  meio às baterias doutrinárias e jurisprudenciais aliadas da mídia e do senso  comum. De então, espera-se que uma parcela do STF julgue conforme a Constituição  e outra banda julgue conforme a pressão. Ser  capa de revista, alvo de reportagens e loas da imprensa deve afetar o ego do já  inflado julgador que se escora nas “ansiedades do povo” para compor com a  imprensa decisões de altíssima repercussão e potencialmente explosivas num tempo  de informações em tempo real. Surge daí o “herói” ou o “justiceiro”, para onde  convergem os reclamos dos populares, fazendo-se justiça simbólica, ainda que o  colegiado sofra com as crises particulares de uma personalidade hostil e  violenta, com a incompatibilidade entre posturas públicas e voluntarismos  pessoais.  Acusar  o julgador que preserva as garantias constitucionais de “fraco”, “patético”,  “inimigo”, é estender a ele a pecha de anti-herói e o rótulo, como sempre, pega  fácil na mídia desinformada. O meio especializado, no entanto, fica estarrecido  com os excessos de colegas para colegas e o desrespeito flagrante com o devido  processo legal, hodiernamente substituído pelos linchamentos que fazem tão bem  ao bronzeado dos holofotes. Essa agressão ao “velho patético” é na verdade uma  bofetada na democracia, na composição multicultural, na divergência que  enriquece o debate e, em último caso, na fineza que sempre norteou e serviu de  exemplo para todos os profissionais do direito no Brasil. Daí não se esperar  mais do que truculência no atuar e no julgar. Os  advogados estão percebendo as dificuldades em atuar na Corte Suprema. Se as  violências que se denunciam diuturnamente são reprisadas de forma nada  sofisticada no próprio STF, não espanta mais o desalento do meio jurídico em  fazer votos para ser sorteado este ou aquele Relator. O que era uma natural  tendência jurisprudencial, virou um evidente problema pessoal que oblitera o  julgamento sereno do qual demanda a última instância. Felizmente, o pugilista  judicial não decide sozinho, muito embora adote técnicas de constrangimento para  quem o questiona, acusando os demais de tráfico de influência, inimigos do povo,  facilitadores de situações ilegais, e bem ao nível rasteiro dos despreparados,  expressões que ofendem a dignidade do cargo. O  revide de Eros Grau, lembrando que não custa bater em velhos quem já esbofeteou  a própria mulher, compõe o tétrico cenário do maniqueísmo judicial que  contaminou os Ministros. Deveras, não custa ultrapassar as barreiras de  dignidade, da elegância, da fidalguia, do respeito numa palavra, quando o mais  experiente Ministro da Suprema Corte brasileira é desancado publicamente pelos  corredores. Felizmente, em casos assim, não só temos revelada a personalidade  que se esconde na autoridade da toga, como exibida a doutrina da segurança  nacional que afeta perigosamente o Supremo Tribunal Federal. A vítima do  incidente não é o “velho patético” – somos todos nós. (*) Eduardo Mahon é advogado em MT e Brasília.  | 
Roberto Romano Moral e Ciência. A monstruosidade no sec. XVIII
Silence et Bruit. Roberto Romano
sábado, agosto 16, 2008
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