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quarta-feira, agosto 13, 2008

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13 de Agosto de 2008 - 19h30 - Última modificação em 13 de Agosto de 2008 - 19h32


Situação das escutas telefônicas no Brasil é semelhante à de outros países, diz professor

Da Agência Brasil


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Brasília - A situação das escutas telefônicas no Brasil não está muito diferente de outros países. A avaliação foi feita hoje (13) pelo professor de ética e filosofia política da Unicamp, Roberto Romano, ao comentar o depoimento do juiz Fausto De Sanctis à CPI dos grampos, realizado ontem (12).

Segundo ele, no mundo inteiro está ocorrendo um avanço do Estado na vida do cidadão, por meio de instrumentos policiais ou parapoliciais.

Na avaliação de Romano, o controle do que a sociedade faz está cada vez mais rigoroso e isso tem ocorrido também na França, Alemanha, nos Estado Unidos e, sobretudo, em países que saíram de “tradições autoritárias”, como é o caso da Rússia e Brasil.

“Aqui no Brasil nós também temos essa tradição autoritária, vivemos no século XX sob duas ditaduras extremamente ciosas dos seus segredos e desejosas de saber tudo que a sociedade civil fazia”, afirmou Romano, em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.

Para Romano, “nós temos uma ética tortuosa do Estado de julgar-se no direito de devastar a vida do cidadão, sem lhe dar nenhum direito à privacidade”. Ele acredita que essa invasão de privacidade contém abusos e traz uma queda na fé pública.

“Quando juizes que são garantidores da fé pública autorizam esse tipo de estupro da vida privada das pessoas, nós temos ai uma crise de Estado bastante grave”, explicou o professor.

Ele também acredita que a tecnologia disponível hoje ajuda no maior controle da sociedade por parte do Estado, como no caso da pornografia infantil, o que deve ser combatida, segundo Romano.

“Me parece que o bom senso e a prudência, e sobretudo o respeito a cidadania, é que deveriam nortear esse tipo de investigação. Então, nessa linha, se provada a utilização de determinado recurso para a delinqüência, é evidente que se justifica a quebra do sigilo. Mas não se pode tratar a população inteira como criminosa, pois não existe esse direito”, disse Romano.





Camila Vassalo - 9272 6459







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