De um post antigo no meu Blog, feito a proposito dos reitores que lamberam as botas (e outras coisas) de Lulla, nas últimas eleições presidenciais. Serve para o de Brasilia, com muita propriedade. Em se tratando dos campi, sou doutor. Conheço burocratas que fingem pertencer à academia, corruptos que ensinam moral, fingidores apenas. Acho que "magnífica" é a comunidade acadêmica quando pesquisa, ensina, ajuda a coletividade. E o reitor é "magnífico" se expressa tais dignos serviços.

Como "Excelência" é o título do povo soberano, que o empresta a calhordas que nada têm de excelente. Quando escuto títulos como Magnífico, Excelência, Reverendíssimo, etc., recordo que o referido título é marca da instituição. Alguns indivíduos que a dirigem, merecem ser chamados assim, já outros... Lembram a anedota do Stanislaw Ponte Preta, sobre o juíz a quem o advogado apedeuta chamara de "meretrícimo" ? Despacho do magistrado, ao negar o pedido : "Merítissimo vem de muito mérito. Já meretrícimo vem de uma coisa que não tem nenhum mérito". É assim, mérito algum. Assim, muitas excelências, magnificências, reverêndissimas vêm, em linha reta da segundo disjuntiva do magistrado, não da primeira. E temo que o Brasil, sob Lulla, se transforme rápido no país dos meretrícimos oficiais. Ah, que saudade do tempo em que escrevi, para a Folha de São Paulo, o artigo intitulado "O prostíbulo risonho", sobre o Congresso Nacional.
Foi-se o riso, fica o prostíbulo.

Roberto Romano

REITORES... PODEM SER REPRESENTANTES DOS CAMPI JUNTO AO PODER, MAS TAMBÉM PODEM SER REPRESENTANTES DO PODER JUNTO AOS CAMPI. OS REITORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS, NA SUA MAIORIA ESMAGADORA, ENTRAM NA SEGUNDA CATEGORIA. NA PRIMEIRA, FIGURA AQUELE VENERANDO REITOR QUE DISSE AOS OFICIAL DO EXERCITO QUE DESEJAVA INVADIR A UNIVERSIDADE CARIOCA; "AQUI, A ENTRADA É FEITA APENAS COM O VESTIBULAR". HEIDEGGER É O PARADIGMA DO REITOR DO PRIMEIRO TIPO. TAIS DIRIGENTES UNIVERSITÁRIOS DEVEM EXIBIR O TÍTULO DE "MAGNÍFICO", PORQUE O TÍTULO NÃO LHES PERTENCE, MAS À COMUNIDADE ACADÊMICA E AOS SABERES NELAS GERADOS. MAS NA MAIOR PARTE, SÃO INDIGNOS DA MENÇÃO. ESCREVI, CERTA FEITA, NA FOLHA DE SÃO PAULO (QUANDO AINDA ERA PERSONA GRATA NAQUELE JORNAL) UM ARTIGO DO QUAL NÃO ME ARREPENDO: "O MAGNÍFICO BUFÃO". SEMPRE QUE VEJO AS FOTOS DE REITORES DE JOELHOS DIANTE DO PODER, CONFIRMO O MEU TRISTE JUÍZO.