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segunda-feira, abril 14, 2008

Domingo, 13 de Abril de 2008
Dessa, eu gostei! esquerda funcionária!

COMENTÁRIO: MILITANTE ANDA SEMPRE EM ORDEM UNIDA, PASSO DE GANSO (marchieren...), cantos e o refrão da mesmidade. Quando fiz o Tiro de Guerra, o sargento na ordem unida berrava :"rápido, ligeiro, prá não pensar, prá não perder tempo!". É bem assim. Ninguém mais rápido, ligeiro, do que militante de esquerda na tarefa de destruir reputações de inimigos do Partido e do Líder. Ninguém mais ligeiro ainda do que militante de esquerda na busca de uma "assessoria", etc. É a revolução da boquinha.
RR


NO BLOG DE MARTA BELLINI

Do Fábio Campana

Os novos heróis da esquerda funcionária
Domingo, 13 de Abril de 2008 – 12:30 hs

Orestes Quércia repetiu a toada da candidatura presidencial de Requião. Provocou novo frisson na esquerda funcionária e familiar, que alimenta sonhos de ascensão a cargos
no plano federal.

Ora, pois, o estranho em tudo isso é ver Orestes Quércia como arauto da esquerda, ou de parte dela, e Requião no papel de guia genial dos brasileiros e brasileiras. A confusão fica ainda maior na medida em que a moçada troca a figura de Mao por Quércia com a maior naturalidade.

Que esquerda é essa? Uma das primeiras coisas que um recruta aprende na tropa é a bem distinguir a esquerda da direita. Dir-se-á que essa distinção é coisa simples que aprendemos em casa, ainda pequenos, muito antes de sermos convocados ao quartel. Mas não.

Quando se trata de política a distinção entre direita e esquerda fica muito difícil nestas latitudes. Requião e sua trupe são um exemplo. O discurso é de esquerda, a prática é de direita e a composição é de todas as cores e convicções, com destaque para o pessoal que sempre está com o governo.

Ora, pois, um dos males da política e da ordem unida é que os seus conceitos são relativos. Definem-se em relação á posição anterior ou, simplesmente, oposta.
De tal maneira que José Sarney já foi figurão da direita fardada e passou-se para a turma de centro-esquerda. Hoje é o presidente de honra do PMDB e faz sucesso em rodas da esquerda funcionária.

A esquerda já deplorou a proximidade de Orestes Quércia, hoje ele faz pose de guia dos povos e aponta Requião como seu candidato presidencial. Ontem, em Londrina, ele lembrou que o PMDB não lança candidato próprio há três eleições e por isso perde terreno nas negociações.

Assim caminha a humanidade que se imagina de esquerda. Pois, pois.

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