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segunda-feira, abril 14, 2008

DO BLOG PÉROLAS, O RESUMO DA SEMANA POLÍTICAS, COM AS TRATANTAGENS DO NOÇO LÍDER, DE SEUS LIDERADOS E LIDERADAS. NÃO CONSIGO COPIAR, POR INABILIDADE, AS CHARGES DO BLOG PEROLAS. MAS UMA DE HOJE É IMPERDÍVEL: O MARKETEIRO (RAÇA MALDITA) ENSINA DONA DILMA A REPETIR O REFRÃO DA IRRESPONSABILIDADE : "EU NÃO SABIA". ELA É DURA DE MOLEJO, MAS APRENDERÁ, SE APRENDERÁ...COM O APOIO "AMIGO" DO COMPANHEIRO SILVA.
RR



e já ouviu de quase tudo em matéria de insolência, e vai querendo mudar de assunto à espera da investigação da Polícia Federal, vem o ministro da Justiça, Tarso Genro, confessa um delito de conduta e cria uma nova doutrina à qual não se pode deixar de dar atenção.
...., a partir da entrevista do ministro Tarso Genro ao Correio Braziliense, cujos termos seriam por ele confirmados na tarde do mesmo dia, ficamos sabendo que houve mesmo a coleta de informações escolhidas sobre o governo anterior e que o ministro da Justiça acha isso muito natural.
..... Tarso Genro admite que o intuito da “coleta” era “mostrar” uma comparação entre os gastos de Fernando Henrique e as despesas do presidente Luiz Inácio da Silva.
....Não houve, como quis fazer parecer Tarso Genro, uma comparação transparente e impessoal entre as contas dos dois gPérolas, Deboches e Frases do dia......

A blindagem do governo à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tem razões que vão muito além da própria Dilma. A montagem de um dossiê, ou “banco de dados” como prefere o governo, com gastos da Presidência da República na gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso é uma operação maior que a Casa Civil. Foi decidida pela coordenação política do governo, com conhecimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dados sobre despesas da gestão FHC foram pensados como a principal munição governista na guerra em torno dos cartões corporativos. Uma espécie de bomba atômica. A idéia nunca foi apresentá-los publicamente, mas usá-los para intimidar a oposição e impedir que PSDB e DEM investigassem as contas do Palácio do Planalto no governo do PT.
(...)

A coordenação — da qual fazem parte Dilma e os ministros de Comunicação Social, Franklin Martins, e de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, entre outros — avaliou que a guerra dos cartões era uma “crise de mídia”. A conclusão foi que a oposição usaria as denúncias e a ameaça de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para desgastar o governo. Os ministros avaliaram que o governo tinha errado em crises anteriores por se deixar acuar e que desta vez deveria reagir. Em férias no litoral paulista, Lula não participou do encontro, mas acompanhou a distância e foi informado de tudo.

Correio

A mãe do dossiê que nao era dossiê, mas que agora é dossiê......
O caso do dossiê (...)repetiu um tipo de comportamento que analistas ouvidos pelo Correio comparam ao da Rússia, tanto a contemporânea quanto a revolucionária de 1917: a utilização do aparato estatal para esmagar grupos ou pessoas que criam embaraços ao governo. O sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli vê características de “estado policial” na administração petista. O cientista político Paulo Kramer enxerga nela um viés autoritário.
O exemplo mais bem acabado (...) se deu em março de 2006. Investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, precisou mentir publicamente, ao negar que freqüentava uma mansão alugada no Lago Sul por um grupo de lobistas de Ribeirão Preto. (...) A proximidade entre Palocci e os lobistas acabou atestada por um humilde caseiro, Francenildo dos Santos Costa, que trabalhava na alegre casa do lobby e via tudo o que se passava por ali.
Para ser desacreditado como testemunha, Francenildo teve violado o sigilo bancário de uma caderneta de poupança que mantinha justamente na Caixa Econômica Federal.

Correio

A taça da semana vai para o ministro Tarso Genro, pela explicação costurada para explicar por que a Polícia Federal investigará só uma parte da história do dossiê montado na Casa Civil para deixar mal no retrato Fernando Henrique e Ruth Cardoso:
O que será apurado é vazamento de documento, que traduz informações reservadas a respeito de outras administrações. Isso é um fato determinado. Dossiê não é fato determinado. Dossiê é conceito. A Polícia Federal e a sindicância não investigam conceito. Se é dossiê ou não, é um juízo político.
Tarso deveria contratar um intérprete que traduza para o português o dialeto que criou.

Augusto Nunes no JB

Quando a gente pensa quovernos.
Primeiro, porque sendo sigilosos, os dados não poderiam ser exibidos nesse modelo. E segundo, porque só poderia haver comparação se as informações relativas aos gastos da atual Presidência também estivessem relacionadas na planilha feita nos computadores da Casa Civil.
Só é possível comparar uma coisa à outra e o dossiê em questão relaciona FH, Ruth Cardoso e ministros, mas não lista Lula, Marisa Letícia e companhia.
Trata-se, portanto, de um inédito e criativo ato de comparação unilateral.

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