BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) defendeu nesta quinta-feira que o reajuste salarial de 26,5 por cento de deputados e senadores seja retroativo a fevereiro, início da atual legislatura.
"Não acho injusto ser retroativo, mesmo porque o salário já devia ter sido reajustado desde o ano passado", disse Chinaglia a jornalistas.
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6/04/2007 - 18h30
Chinaglia assiste a show do também deputado Frank Aguiar em Brasília
CÂMARA FINALIZA PROJETO
Com o reajuste, referente à recomposição da inflação nos últimos quatro anos, os deputados passarão a receber 16,2 mil reais por mês.
A proposta já rendeu críticas do PSOL, que aguardará a discussão em plenário para decidir se irá questionar o assunto na Justiça.
"A lei não pode retroagir para prejudicar ainda mais a imagem do Parlamento, sobretudo às vésperas do 1o de maio... Isso pode ser pressão das forças ocultas, mas posso garantir que esse debate não será oculto", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
A proposta discutida na reunião de líderes na manhã desta quinta-feira, na Câmara, deve considerar também o aumento salarial do presidente e vice-presidente da República e ministros de Estado. O salário do presidente passaria de 8,8 mil reais para cerca de 11 mil reais.