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segunda-feira, abril 30, 2007

Na COLUNA DE MONICA BERGAMO, DA FOLHA DE SAO PAULO, 30/04/2007








VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA


NUA E CRUA

Justiça é só para pobre. É o que diz um dos juízes investigados num dos grampos da Operação Têmis, sobre suposta venda de sentenças judiciais. O diálogo, de acordo com a transcrição da Polícia Federal, ocorreu entre o juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível, e pessoa desconhecida.


Diz o juiz: "A Justiça não é uma coisa que interessa... é uma coisa, que a Justiça acaba sendo uma... uma coisa "pá" pobre, né? Porque rico resolve as coisas dele (...) de outra maneira. Então a Justiça foi uma coisa dada pros pobres, pra eles viver (sic) brincando aí".

IMAGINA, PÔ!

O interlocutor do juiz concorda com ele. Djalma continua: "Então quando isso aí... quando isso ameaça muito, então é bom... Aí imagina, pô! O nosso sistema foi feito pra não funcionar. É, foi feito pra não funcionar, se funcionar, tá errado". O interlocutor ri. "É, se funcionar, tá errado. Da forma como ele foi concebido, imagina. "Tão" tentando dar uma mexida nisso, mas... imagina."

BASTANTE CURIOSO

O diálogo nada revela sobre irregularidades, mas foi colocado no relatório pelos investigadores por ser "bastante curioso", já que Djalma "é membro da Justiça". O juiz não comenta a transcrição. Seu advogado o proibiu de dar entrevistas.

GENTE FINA

Nos relatórios da Operação Têmis, os policiais citam os excelentes, e caros, restaurantes que alguns dos investigados costumavam freqüentar: La Tambouille, Rodeio, Café Armani e Frans Café.


COMENTÁRIO:

É APENAS EM SITUAÇÕES COMO A NOTICIADA QUE AS EXCELÊNCIAS COLOCAM NA LINGUA O QUE LHES VAI NO CORAÇÃO E NO FÍGADO. MAS NA MESMA EDIÇÃO DA FOLHA DE SÃO PAULO, LEMOS A NOTICIA VELHA, DADA A REPETIÇÃO SEM QUARTEL DOS PROCEDIMENTOS HABITUAIS AOS QUE SE JULGAM SUPERIORES ÀS PESSOAS COMUNS. A NAUSEA AUMENTA, DEPOIS DA LEITURA DA "NOVIDADE". COMO DIZ O AMIGO TAMBOSI, TRAGAM OS SAQUINHOS DE VÔMITO.
RR

Magistrados levam parentes a evento pago pela Febraban
Em 14º Ciclo de Estudos de Direito, vice-presidente do TST fala de ética e moral

Evento, realizado em hotel de luxo de Natal, termina na terça-feira; as despesas com alimentação e lazer também foram custeadas

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM NATAL

Um grupo formado por 44 juízes do trabalho e ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) participam durante o feriado prolongado de 1º de maio de um congresso patrocinado pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), em Natal (RN). O transporte e a hospedagem em um hotel de luxo foram pagos pela entidade.
Grande parte dos magistrados ainda compareceu ao evento acompanhado das mulheres ou dos maridos. As despesas com a viagem e a hospedagem dos familiares também foi custeada pela Febraban. O pacote, de valor não revelado, inclui ainda alimentação e lazer.

O congresso, batizado de "14º Ciclo de Estudos de Direito do Trabalho", começou sábado e termina amanhã. A agenda é leve e prevê de duas a quatro horas e quinze minutos de atividades diárias, sempre pela manhã. Nos dias mais movimentados -domingo e segunda-, há um coffee break de 15 minutos.

O evento, realizado no próprio hotel, o Serhs, o mais luxuoso do Estado, foi aberto pelo vice-presidente do TST, ministro Milton de Moura França. Em discurso de cinco minutos, França falou sobre ética e moral. Na platéia, além dos magistrados e seus familiares, estavam representantes de bancos, advogados e convidados.
O presidente da Febraban, Fábio Colletti Barbosa, encerrou o dia com uma palestra que começou com a pergunta: "por que os bancos existem?" Os trabalhos terminaram às 13h.

"Temos uma boa e uma má notícia para dar a vocês", disse ao microfone um dos juízes. "A boa é que o almoço será servido em seguida. A ruim é que o sol foi embora e deu lugar à chuva, sem direito a aviso prévio." Mas, para a alegria de quem pretendia desfrutar da praia, o sol voltou a brilhar antes que os juízes terminassem o almoço.

Em entrevista à Folha, o vice-presidente do TST disse não via "nenhuma incompatibilidade" entre a atividade do juiz do trabalho e a participação dele em um evento pago por um de seus maiores interessados, os bancos. "Os médicos vão a congressos patrocinados por grandes laboratórios, mas nem por isso eu acredito que o meu médico vá me receitar um remédio que não seja compatível com o que eu preciso, só para agradar um laboratório", disse.

O ministro defendeu a presença de familiares de juízes no local: "Minha mulher não veio por uma série de circunstâncias, mas, se o colega trouxe, não vejo mal, até para evitar maledicências, porque muitas pessoas, às vezes, pensam erradamente que um congresso desses pode ter um sentido menos nobre".

Entidade nega benefício com o patrocínio
DA AGÊNCIA FOLHA, EM NATAL

O presidente da Febraban, Fábio Colletti Barbosa, negou ontem que a entidade busque algum tipo de benefício ao patrocinar um congresso sobre direito do trabalho e custear passagens aéreas e hospedagem em hotel de luxo a juízes, ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e seus familiares.

"Faz 14 anos que esse ciclo existe", disse ele à Folha, referindo-se ao evento, batizado de Ciclo de Estudos de Direito do Trabalho. "O tema é complexo e de interesse de toda a sociedade", declarou.
"Muitas instituições fazem debates sobre muitos temas, e, a julgar pela presença de ministros, de juízes, eu quero crer que também é do interesse deles."

Segundo Barbosa, não há "nenhuma expectativa" da Febraban em melhorar o desempenho dos bancos nos tribunais com a realização do evento. "Não há também nenhuma intenção disso."

"Esse debate, inclusive, não fala de assuntos ligados ao setor financeiro, mas de toda a questão do direito do trabalho." Barbosa acha "normal no setor [bancário] e em vários outros da economia que haja uma aproximação entre as partes para que se debata um tema de relevância para o futuro das próprias relações, da economia e da sociedade", declarou.

COMENTÁRIO:

"Os médicos vão a congressos patrocinados por grandes laboratórios, mas nem por isso eu acredito que o meu médico vá me receitar um remédio que não seja compatível com o que eu preciso, só para agradar um laboratório". DIZ SUA EXCELÊNCIA.

TEMOS UMA NOTICIA BOA E UMA NOTICIA RUIM A TRANSMITIR À SUA EXCELÊNCIA. NA INDÚSTRIA E NA COMERCIALIZAÇÃO DOS REMÉDIOS, NO TRATO ENTRE LABORATÓRIOS E MÉDICOS, EXISTE MUITO CONFLITO DE INTERESSE. É DE ESTARRECER A INOCENCIA DA ALEGAÇÃO MAGISTRAL. ELA, SE NÃO FOR DIGNA DE CHAPEUZINHO VERMELHO, HONRARIA MUITO O DISCURSO DO LOBO.

TRISTE BRASIL!

ROBERTO ROMANO

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