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segunda-feira, agosto 13, 2007

Blog Perolas , de Alvaro Caputo....

A criatividade dos oportunistas é indecorosa. E vergonhosa. Na bolsa do vale-tudo administrada pelo Planalto, a manutenção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) embute variadas negociatas. Entre os arranjos para socorrer parlamentares que só entoam em mi menor, entra a sonata da fidelidade partidária.
Como a Câmara enrola daqui, tergiversa dali, a reforma política finge que vai mudar para manter tudo como sempre foi. Assim, o Tribunal Superior Eleitoral, entregue ao maestro-ministro Marco Aurélio Mello, resolveu tomar a si a tarefa de colocar em ordem a orquestra. E estabeleceu a pena para os infiéis: quem trocar de partido depois de eleito perde o mandato, porque este é da legenda, não do músico do momento. Ninguém ligou para onde ia a batuta. Ao que se tem notícia, 38 deputados bambolearam para cá e para cá por siglas governistas, ao sabor das notas emitidas por seus tocadores regionais de bumbo.
Pois bem, para salvar esses parlamentares, em troca da CPMF, o ministro Walfrido Mares Guia embala com os líderes partidários um presentão de pai para os traidores políticos. A fidelidade partidária será aprovada, mas incluirá uma anistiazinha aos que sacolejaram de sigla em sigla. Estes vão continuar com gabinetes e verba mensal superior aos R$ 100 mil. Punição para infiéis, só na próxima legislatura.
JB

A cronica de uma tragédia anunciada
O procurador-geral do TCU, Lucas Furtado, está de posse de um levantamento dos processos relativos a obras recentes da Infraero sob auditoria do tribunal. É um raio X de um doente. O que se revela ali é um paciente em estado terminal.
Das dez obras examinadas, somente uma não está contaminada pelo superfaturamento. Entre as empreiteiras envolvidas, estão Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa. As irregularidades aparecem em todos os cantos.
Nas obras do Aeroporto Santos Dumont foram apontadas treze falhas, entre superfaturamento, pagamentos indevidos, contratação de mão-de-obra ilegal e impropriedades no processo licitatório. Em Congonhas, houve elevação de até 250% no valor de alguns itens, mas foi em Vitória que a malandragem decolou: havia até 357% de sobrepreço.
Em quase todas as obras há vícios de licitação. Se o setor aéreo brasileiro "criou metástase", a Infraero deveria ser colocada na UTI".
Veja

A diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu incentivou as companhias aéreas a reagir à decisão do governo de reduzir o movimento no Aeroporto de Congonhas. Em reunião no dia 26 que durou cerca de cinco horas, no Rio de Janeiro, ela discutiu abertamente com os representantes das empresas uma forma de driblar a proibição das conexões em Congonhas. O repórter Leonêncio Nossa apurou com três dos participantes do encontro, em conversas separadas, que Denise observou, mais de uma vez, que as empresas podiam recorrer à Justiça contra a decisão do governo. "Vocês podem reagir a isso, porque vocês têm poder econômico", disse ela. "A Anac não pode fazer nada, a Anac só fiscaliza, mas vocês não podem."
Estado

A realidade da maioria dos aeroportos brasileiros contraria as imagens de superlotação registradas principalmente em São Paulo, Rio e Brasília. Dos 67 grandes aeroportos administrados pela Infraero, 70% têm horários ociosos na maior parte do dia. Isso porque 90% de todo o tráfego aéreo do País se concentra em apenas 20 aeroportos.
Estado

O novo presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, encontrou a estatal inchada por nomeações políticas e repleta de apadrinhados sem capacitação. Agora, ele promete demitir cem protegidos que entraram sem concurso.
Globo

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