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segunda-feira, janeiro 14, 2008

COMENTÁRIO:

EXISTE UMA FALTA DE MEMÓRIA, EM MUITOS JORNALISTAS, DA PRÓPRIA ATITUDE ASSUMIDA PELA EMPRESA ONDE TRABALHAM. O ARTIGO ABAIXO SERIA MUITO BOM, CASO A FOLHA DE SÃO PAULO TIVESSE ALGUM RESPEITO PELAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DE SÃO PAULO. QUASE SEMPRE, NO ENTANTO, SUA ESTRATÉGIA É TENTAR A DESQUALIFICAÇÃO (POR TODOS OS MEIOS) DO QUE SE FAZ NOS CAMPI DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS, DESDE A ÉPOCA EM QUE, SOB DITADO DE UNIVERSITÁRIOS QUE LUTAVAM PARA SUBIR NA ORDEM POLÍTICA UNIVERSITÁRIA, PUBLICOU A FAMOSA "LISTA DOS IMPRODUTIVOS" NA QUAL INCLUSIVE PESQUISADORES MORTOS FIGURAVAM COMO VAGABUNDOS. SE EXISTE PERIÓDICO QUE INCENTIVA AO MÁXIMO AS "UNIVERSIDADES" DE BAIXO PADRÃO, ESTE É A FOLHA. QUANDO, AINDA SOB FHC, DENUNCIEI (COM REPERCUSSÃO INCLUSIVE NA RADIO DA ONU) O BRAIN DRAIN QUE SUGA MENTES BRILHANTES DO BRASIL (DEVIDO AOS PÉSSIMOS PAGAMENTOS AQUI IMPERANTES, À DESQUALIFICAÇÃO DOS PROFESSORES, AS DIFICULDADES COM A RECEITA FEDERAL PARA IMPORTAR INSTRUMENTOS ESSENCIAIS DE PESQUISA, ETC.) A REPORTAGEM DIZIA QUE EU "ALEGAVA" TAIS FATOS. ENFIM, ANTES DE ESCREVER ARTIGOS ASSIM, SERIA BOM QUE OS JORNALISTAS DA FOLHA CONSULTASSEM O SEU BANCO DE DADOS, PARA VER O QUE SE FEZ, NO JORNAL, EM FAVOR DA DISSOLUÇÃO DO ENSINO PÚBLICO DE TERCEIRO GRÁU EM SÃO PAULO.

ROBERTO ROMANO



Do Blog República (link abaixo) de Sebastião Salgado.


Fábrica de bacharéis
Rogério Gentile, Folha de S. Paulo

SÃO PAULO - Os dados do último censo universitário, recentemente divulgados, mostram que Fernando Henrique e Lula são cúmplices em um erro estratégico brutal: o país despeja todo ano no mercado toneladas e mais toneladas de profissionais para setores saturados, mas praticamente ignora as áreas carentes de mão-de-obra qualificada.
O direito é um caso exemplar. No primeiro ano do governo FHC, o Brasil tinha 235 cursos. No último, eram 599. Com Lula e o PT, o número de escolas pulou para 971!

Por conseguinte, há atualmente mais estudantes matriculados em faculdades de direito país afora do que o total de advogados habilitados (589 mil estudantes contra 571 mil advogados).

Na contramão do ensino, a indústria reclama da falta de técnicos qualificados, principalmente nas áreas de pesquisa, produção e desenvolvimento. Afirma que o problema restringe a competitividade e limita o crescimento. Tal situação foi relatada por nada menos que 56% das empresas consultadas em sondagem realizada no ano passado pela Confederação Nacional da Indústria (cerca de 1.700 foram ouvidas no estudo). Ou seja, sobram empregos...

O ensino tecnológico, no entanto, que deveria suprir a demanda, quase não existe. De acordo com o censo, há somente 288 mil alunos matriculados no ensino técnico de nível universitário. Na comparação, portanto, há dois estudantes de direito no Brasil para cada um de curso tecnológico, considerando todas as suas áreas de ensino.
O pior de tudo é que a fábrica brasileira de bacharéis (ou de "pedagogos", "administradores", "jornalistas"...) cresceu sem controle oficial, por meio da abertura indiscriminada de cursos particulares horrorosos, nos quais os diplomas servem apenas como prova evidente de estelionato. Com o que aprenderam, os alunos não passam nem mesmo no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

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