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sábado, janeiro 19, 2008

NO BLOG PROSA E POLITICA....

COMENTÁRIO: CERTA FEITA AFIRMEI QUE BOA PARTE DOS ARTISTAS "DE ESQUERDA" PUXAM AS ASINHAS PARA O FASCISMO. UM CHALEIRA DE CAETANO VELOSO ESCREVEU EM SEU BLOG QUE POR TAL MOTIVO EU SÓ PODERIA SER "UMA BESTA". MAS QUEM TEM UM MÍNIMO DE TRATO COM OS NOSSOS ARTEIROS, SABE PERFEITAMENTE QUE ELES SÃO UM POÇO DE PRECONCEITO E SEMPRE ESTÃO EXCITADOS (EM TODOS OS SENTIDOS) PELO PUUUUDERRR. VEZ EM QUANDO, SOLTAM O QUE LHES VAI NO IMO. E O AMBIENTE FEDE. LEMBRAM-SE DAQUELE ARTEIRO QUE DESCULPOU O PT E SEU DONO, DIZENDO QUE EM POLÍTICA É PRECISO METER A MÃO NA M....? POIS É...
ROBERTO ROMANO


NO BLOG PROSA E POLITICA.

O anti-semitismo


A nota do dito de Nana Caymmi “Fico me perguntando por que preciso sofrer tanto com isso. Não sou judia, não crucifiquei Jesus!” , ali no último dia 14, no blog do Ancelmo Góis e no mesmo dia respondi em prosa e política com o artigo “Nana Caymmi, politicamente incorreta”, onde mostro meu repúdio a qualquer tipo de descriminação.
A Itália desde a final da Guerra vive uma situação totalmente democrático com o estado constitucionalmente laico, todavia por um uso secular, a igreja catúlica exerce de forma velada mas irredutível uma grande influência política, e nessa pode-se notar o anti-semitsmo travestido de liberdade de expressão.Nesse dia 17 pude ler artigo “Mas você nem parece judeu”, como segue abaixo:

"Arista amigo e eu conversamos sobre Nova York, onde ele tinha morado por vários anos. "A cidade é fantástica, mas pra trabalhar é muuuito difícil", diz ele. "Tem uma judaiada (sic) que domina o circuito de arte que, se você não entrar na deles, não consegue nada." Espantei-me com sua desenvoltura ao vomitar preconceito tão virulento, logo ele, artista tão liberal, de esquerda, defensor de minorias e oprimidos. "Eu sou judeu", foi minha resposta, fugindo ao bar, enquanto ele tentava se explicar melhor.

Lembrei dessa história ao ler na coluna Mônica Bergamo as explicações da cantora Nana Caymmi para suas supostas declarações publicadas pela revista "Quem". Após ser questionada sobre o sofrimento com um filho usuário de drogas e com seqüelas de acidente de moto, disparou: "Fico me perguntando por que preciso sofrer tanto. Não sou judia, não crucifiquei Jesus!"

Ouvida pela coluna, Nana negou ter feito tal declaração: "Todo jornalista, você me desculpe, deturpa o que a gente fala. Eu falei sobre o filme do Mel Gibson ["A Paixão de Cristo"], sobre pirataria". Ela ainda citou lista de amigos judeus para provar ausência de preconceito.

Já a revista "Quem" disse que a declaração está gravada, não foi descontextualizada nem o nome de Mel Gibson foi citado na entrevista.O leitor que julgue. Tendo a não acreditar na cantora (apesar de minha admiração absoluta por seu pai, Dorival Caymmi) porque já vi esse filme várias vezes, principalmente a linha "mas você nem parece judeu!" quando revelo minha origem após tiradas antijudaicas.

É chocante e deprimente constatar como o anti-semitismo perdura e é tão tolerado mesmo depois do Holocausto, a matança imoral, impune e quase consensual de 6 milhões de indefesos judeus na Europa sob o regime nazista. (Como é chocante e deprimente constatar como perdura, também, a discriminação e a perseguição de negros depois de todo o sofrimento da escravidão ou outras tantas formas de discriminação contra tantos grupos.)

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