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quinta-feira, julho 10, 2008

Entrevista de Maria Sylvia Carvalho Franco (05/07/2006) sobre petistas e tucanos. Acho que a familia se faz, a cada novo dia, mais profetica...Atencao, nao emprestamos, nao vendemos, nao fazemos barganhas com nossa bola de cristal. Ela reside no fundo dos livros, das analises de fatos, na historia e na mente nossa, nunca negociada com os donos eventuais do poder.
RR

Veja – Na sua opinião, quais as chances de o candidato tucano, Geraldo Alckmin, vencer a eleição?
Maria Sylvia – Eu sempre imaginei que havia algo por trás dessa escolha de Alckmin. Por que a opção por uma pessoa tão inexpressiva – sem carisma, sem ligações importantes em lugar nenhum – para enfrentar um homem como Lula? Hoje está na cara. Alckmin foi escolhido para perder.

Veja – Como assim?
Maria Sylvia – Aécio (Neves, governador de Minas Gerais) e Tasso (Jereissati, presidente do PSDB) escolheram alguém para ser queimado. O projeto do PSDB é para 2010. As chances de Alckmin são muito pequenas porque, inclusive, o tucanato não vai se empenhar. Diz-se que Lula não tem herdeiros, daí o "Lulécio", o Lula com Aécio. Meu marido (o filósofo Roberto Romano) tem uma expressão muito adequada. Afirma que os tucanos são primos do PT e que, no futuro, vão se reunir em família e dividir o bolo. Acho que haverá um ajuntamento entre Lula e esses dirigentes mais novos, como Aécio. O único problema é o PMDB, um partido muito forte e oligárquico. O Brasil é assim: de um lado, a força do governo federal; de outro, o poder das oligarquias regionais. E quem congrega essas oligarquias é o PMDB.


FOLHA DE SAO PAULO, PAINEL. 10/07/2008

Parceiros 1. Com 70% dos dados processados, o Tribunal Superior Eleitoral constatou que PT e PSDB estão coligados em 998 municípios do país. Os números devem ser fechados hoje, atingindo a marca de 400 mil candidaturas a prefeito e vereador.

Parceiros 2. O Estado com maior número de alianças entre petistas e tucanos é justamente Minas Gerais (171 registros), onde a dupla Aécio Neves-Fernando Pimentel não obteve aval da direção nacional do PT para se unir formalmente em Belo Horizonte. Em seguida aparecem Paraná (104) e Bahia (76).

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