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sábado, maio 26, 2007

Hoje, o lugar foi aberto para expor o humorismo e a filosofia do Mestre Sponholz.













Comentário:

"Apesar daquele filósofo que, exatamente como um inglês autêntico, procurou desacreditar o riso para todas as cabeças pensantes —'o riso é uma doença triste da natureza humana da qual todos os pensadores deveriam fazer um esforço para se libertar' (Hobbes)— permito-me estabelecer uma hierarquia dos filósofos segundo a qualidade de seu riso, colocando no ápice os capazes de um riso dourado. Admitindo que os próprios deuses cultivem a filosofia, o que várias conclusões levam-me a crer, não duvido, também, que eles, filosofando, saibam rir de um modo novo e super-humano, às custas de todas as coisas sérias. Deuses são brincalhões; parece que, mesmo durante a celebração dos ritos sagrados, não podem segurar o riso" (Nietzsche).

"Imagina-se Platão e Aristóteles (...) com enormes vestimentas de pedantes. Eles eram pessoas honestas e, como as demais, riam com seus amigos; e, quando se divertiram escrevendo suas ´Leis` e suas ´Políticas`, fizeram-no brincando; era a parte menos filosófica e menos séria de sua vida; a mais filosófica era viver simples e tranqüilamente: Se escreveram sobre política, era como se fossem regular um hospício de loucos; e se fingiram falar sobre este assunto como se fosse grande coisa, é porque sabiam que os loucos a quem se dirigiam pensavam ser reis e imperadores. Eles entraram em seus princípios, para moderar a sua loucura..." (Pascal)

"Na verdade (...) há muita diferença entre rir da religião e rir de quem a profana por suas opiniões extravagantes...Seria impiedade deixar de impor o desprezo pelas falsidades que o espírito do homem opõe à religião". (Pascal).

"Nas primeiras palavras ditas por Deus ao homem após a Queda, encontra-se uma caçoada e uma ironia picante...pois seguindo-se a desobediência de Adão....parece pelas Escrituras que Deus, como castigo, tornou-o sujeito à morte, e após tê-lo reduzido a esta miserável condição, devida ao pecado, riu-se dele...com palavras de brincadeira. ´Eis que o homem tornou-se um de nós´. Isto é uma ironia cruel e sensível, pela qual Deus o espetou vivamente..." (Pascal).


E finalmente, o golpe mais violento:

"O homem é feito de tal modo, que de tanto lhe falarem que é um tolo, acredita; e de tanto o dizer para nós mesmos, terminamos acreditando".



Um grande abraço, Sponholz, nos momentos atormentados deste sério Brasil.

Roberto Romano

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