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terça-feira, maio 29, 2007

Jonal A Tarde On line-Salvador

28/05/2007 12:39
Juristas reprovam os ataques à ação da polícia
AGÊNCIA GLOBO
A mobilização no Congresso, no Judiciário e no governo contra possíveis excessos da Polícia Federal na Operação Navalha foi criticada por dois dos principais especialistas nas áreas de direito e ética do país. O professor de filosofia e ética da Unicamp, Roberto Romano, e o jurista Dalmo Dallari afirmam que a preocupação sobre o trabalho dos agentes federais parte de quem teria seu nome envolvido no esquema ou, então, teme ser enquadrado em novas ações.

“Essa grita não passa de jogo de cena, principalmente dos que temem ser atingidos e podem ser presos amanhã”, disse Dallari, que associa o protesto contra o trabalho da PF principalmente aos advogados de defesa dos acusados.

“O problema é que muitos desses advogados têm relação em vários setores”, observou.

Roberto Romano concorda: “Nessas investidas da polícia, no mínimo 70% dos que foram implicados têm alguma coisa a responder diante da Justiça e da sociedade.

E aí chega a hora de essas pessoas alegarem que estão sendo perseguidas, seja pela PF, pela imprensa ou pelo Ministério Público.

De tanto usar esse subterfúgio sobre fatos verdadeiros, eles começam a justificar o que fizeram com cinismo”.

Romano disse que, em meio aos acusados, principalmente figuras de alto escalão, foi estabelecida uma espécie de salvo-conduto coletivo: “O problema é que eles já partiram de salvo-conduto para a delinqüência, que é o privilégio de foro especial”.

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