

Especial
Segunda, 14 de maio de 2007, 15h49
"Bento XVI e Lula não entram em concordata"
Para o professor de Ética da Unicamp, Roberto Romano, a passagem de Bento XVI pelo Brasil teve dois aspectos distintos: a visita de um pastor universal, que precisa ditar a seus fiéis qual a linha correta de comportamento e a visita de um chefe de Estado, que veio procurar uma concordata, um tratado diplomático que o Vaticano celebra com outro Estado, no caso o brasileiro. E neste aspecto não houve acordo, diz ele. "Bento XVI esperava mais de Lula, um presidente católico".
» Leia mais sobre a visita do papa
A Igreja pesou muito na mão em questões como o aborto, com bispos chegando a chamar o ministério da Saúde de ministério da Morte, fala o professor. Existem problemas dos mais variados âmbitos, que este pontificado de transição não vai resolver, fala o professor de Ética. "O objetivo de Bento XVI é entregar a Igreja com uma base disciplinar bem estruturada". A decisão sobre pontos controvertidos, evitados por este Papa, ficarão para o próximo papado, conclui Roberto Romano.