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sábado, fevereiro 02, 2008

Algumas consideraçoes sobre a tatica do gamba.

A informação que afirma ser intento do governo investigar a causa do vazamento para a imprensa do caso "cartões corporativos", mostra o modus operandi dos dirigentes máximos do país. Quando e sempre que ocorreu alguma denúncia de falta de ética, no interior do PT, o acusador foi punido, os infratores gratificados. Quando deu-se o mensalão, o responsável maior afirmou, com ajuda dos seus Goebbels de plantão, que de nada sabia, embora soubesse, vejam só, que "que seu partido o PT fez apenas o o que os demais fazem". Não fosse a cumplicidade dos primos tucanos, toda a equipe estaria agora em São Bernardo, ouviríamos os seus gritos "éticos" nas portas de fábrica. Mas a oposição que eles pediram para Deus foi compreensiva, realistas, arrogante como é de sua marca. É sempre a tática do gamba (usei a imagem para lutar contra o Centrão, e fui processado por tal motivo) : quando acuado, joga um fedor insuportável sobre quem o cerca. Ou é a tática da velhinha que vendia ovos na feira, contada por Hegel. Certa dia uma jovem bela reclamou que os ovos estavam podres. A macróbia, em vez de provar que eles eram sadios, achou mais fácil acusar a moça de prostituição. Ocorre que mesmo prostitutas podem comprar ovos, supostamente sadios, mas pobres. E de nada adianta negar o fato, com insultos ou fatos reais. Pouco importa se a moça era de moral duvidosa. Importa verificar se os ovos estão podres, ou não. E os ovos vendidos pelo PT como "éticos" exalam um fedor nauseante que só não é sentido pelos que os vendem, ou tentam vender, mesmo que para este fim precisem punir....quem denuncia os seus "errinhos" ao público.

Hilariante, também, o mesmo PT (em nota oficial) que tenta desqualificar as denúncias contra a ministra descuidada, apelando para um suposto preconceito contra negros. Todo movimento social tem os seus agenciadores que, não raro, usam o seu lugar privilegiado na sociedade ou no "aparelho" estatal para obter vantagens indevidas. Brancos, negros, amarelos, azuis, todos os homens podem errar. E devem ser punidos quando erram, com agravantes ou não, segundo o caso. A manobra do gambá não deu certo no caso. Esperemos que os senhores gambá de todos os partidos políticos e seitas religiosas nos poupem o seu cheiro, emitido sempre que são pegos com a mão na cumbuca, ou com os dólares na cueca.

Roberto Romano

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