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quarta-feira, maio 16, 2007

DENTRE AS NUMEROSAS NOTICIAS IMPRESSIONANTES, REUNIDAS NO BLOG PEROLAS DE ALVARO CAPUTO, SEGUEM ABAIXO...


“Yankees, go home...”
Acusado pela Justiça dos Estados Unidos de se apossar dos dinheiros das obras em São Paulo, Paulo Maluf põe na mesa o valor dos seus votos e do prestígio pessoal para se livrar do que chama de perseguição. A justiça americana detonou o escândalo de propinas em obras públicas. É dinheiro ilegal desviado para bancos no exterior. Eleito deputado com extraordinária votação, o ex-governador de São Paulo deseja que o país forme a seu lado desmentindo o que a Justiça confirmou. Como está, Paulo Maluf não poderá sair do Brasil porque será preso a pedido da Corte americana. Seus advogados alinharam posições de defesa, primeiro dentro de casa. Foi assim que o deputado Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara, oficiou aos ministros Tarso Genro e Celso Amorim em defesa do representante paulista. O documento dos advogados afirma que Maluf é inocente das acusações americanas. Chinaglia se baseou nesses pontos para transmitir argumentos do acusado. E as expressões põem em jogo a posição do país, ao afirmar que a decisão americana é afronta à "soberania do Brasil". Não se sabe que posição será adotada pelo governo para tamanha defesa, mas ela assegura inocência que sabidamente nós não reconhecemos.
Correio

Espetáculo do crescimento : ainda não contaram para os russos...
A carga tributária brasileira segue como o principal obstáculo ao crescimento das empresas, na opinião de 77% dos 150 presidentes de companhias ouvidos pela pesquisa Lide, durante seminário realizado ontem em São Paulo. Em segundo lugar aparece a taxa de juros, com 10%
Gazeta
Sobre o "noço lider"...
De Lula, sobre o convite para antigos oposicionistas, como Geddel Vieira Lima e Mangabeira Unger, fazerem parte de seu ministeriado:
- O fato de a pessoa ter sido contra o presidente... ele tinha que ser contra, porque não fazia parte da coalizão. (...) Muita gente vai engolir o que disse sobre o governo, com muita tranqüilidade. Nada como o passar de tempo.

(Foi aqui que Lula produziu a frase mais emblemática da entrevista até o momento: "Somos metmorfoses ambulantes". Em seguida acrescentou: "Estamos sempre mudando para nos aperfeiçoar". "Metamorfose ambulante" é música de Raul Seixas
......
De Lula, sobre a situação da América Latina e da compra das refinarias da Petrobras pelo governo boliviano:
- Historicamente, esses países todos viram o Brasil como um país imperialista (...) É normal que os países de menor poder econômico vissem no Brasil uma espécie de imperialista (...) Nós estabelecemos entre nós a idéia de que era preciso construir outra dimensão para a política da América do Sul. (...) O fato de isso estar claro não me faz cego sobre a necessidade de a Bolívia ser dona de seu gás. Na hora em que o Evo (Morales, presidente da Bolívia) achou importante comprar as refinarias da Petrobras, para mim está tranqüilo. A riqueza natural é da Bolívia. Ela vende para nós se quiser. Mas quero que quando tiver um contrato seja respeitado.

(Comentário de Noblat: Aqui, Lula confessou que no passado dissera bobagens ao falar "em imperialismo americano". Para ele, não existiu imperialismo americano. Existiu - e existe - "o imperialismo das elites". As nossas, segundo ele, sempre operaram mal, pensando nos seus próprios interesses e esquecendo os do povo. Lula faz por merecer o título que se autoconcedeu há pouco de "metamorfose ambulante". De fato, não tem compromisso com o que pensou um dia. Como não tem com o que está dizendo. A qualquer momento, pode mudar de opinião a respeito de qualquer coisa e alegar, depois, que apenas se aperfeiçoou.)
Noblat
A volta dos que nunca foram.....
Terminou há pouco o primeiro discurso do deputado José Genoino (SP), que se enrolou com o escândalo do mensalão quando presidia o Partido dos Trabalhadores. Durante quinze minutos do seu discurso, Genoino foi brindado com um único e solitário aparte do colega Vicentinho (PT-SP) , ex-presidente da CUT. O plenário estava vazio. Ele culpou a imprensa, especialmente a Veja e Rede Globo, como "autores" dos maiores escrachos quando foi flagrado com as digitais no mensalão. Para agradar o presidente Lula, criticou ásperamente o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza (que o enquadrou como quadrilheiro) e se derramou em elogios à escritora e socióloga petista Marilena Chaui, que sempre o defendeu. Para quem sempre se gabava de abater adversários por meio de discursos, o abatimento de Genoino era evidente.
Claudio Humberto

Os Pensamentos do Dia
Há coisas estranhas acontecendo no Brasil em nome do bem. É bom prestar atenção nelas, começando pelo comentário enviado por Cleiver Moulin:

“Não sei quanto a você, mas fiquei estarrecido com a atitude do deputado Arlindo Chinaglia, incitando seus colegas a iniciar processos em seus estados de origem contra o Arnaldo Jabor, por conta das opiniões nada lisonjeiras emitidas por este a respeito de suas excelências, com o intuito declarado de infernizar a vida do comentarista.
Embora essa atitude, extremamente antidemocrática por seu caráter de tentativa de calar as vozes que destoam do coro lulo-petista, não seja novidade, “nunca antes na história desse país” alguém havia vindo a público defendê-la. Como se fosse coisa corriqueira. Ainda mais sendo presidente da Câmara.
Talvez espante ainda mais que a notícia tenha sido relegada ao terceiro ou quarto plano, enquanto pantomimas como o PAC ou a “indefinição das licenças ambientais” tenham sido extensamente cobertas e comentadas na imprensa.
Podemos até não chegar lá, mas que estamos no caminho do chavismo, estamos.”

Para completar, vale destacar essa declaração do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), uma das referências da esquerda carioca:
“A liberdade de imprensa só tem sentido se ajudar na capilarização da cidadania.”
É louvável a preocupação do parlamentar com o problema da calvície entre os cidadãos. Mas é bom lembrar o quanto é perigoso esse negócio de liberdade com asterisco.
Os últimos a prescrever condições para a liberdade e a democracia foram os militares em 1964. O texto era quase igual: “A democracia só tem sentido se…”
Aquela noite durou vinte anos. E, pelo visto, não ensinou nada.
Guilherme Fiuza no nominimo

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