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No Blog Perolas de alvaro Caputo...
Sobre os tucanos (eta passaro sem vergonha....)
O PSDB acusou o DEM de demagogia por ter descumprido acordo para não obstruir a votação do aumento salarial dos deputados. Para os tucanos, os ex-pefelistas se empenham para posar de opositores "mais firmes".
Sobre os arrependidos
Num único documento –“Declaração sobre o Momento Político Nacional”, a CNBB criticou os três poderes da República. O texto (íntegra aqui) resultou da 45a Assembléia Geral da CNBB, encerrada nesta quarta-feira (9), em Itaici (SP). A divulgação coincide com a chegada do papa Bento 16 ao Brasil. Quem percorre o documento sai convencido de que, para a Igreja, o país encontra-se numa encruzilhada, assediado por problemas que vêm de todas as direções.
Blog do Josias
O Papa Bento XVI admitiu excomungar políticos católicos a favor do aborto. Mensalão, por enquanto, ainda não está no index.
Claudio Humberto
Um professor perguntou a um dos seus alunos do Curso de Direito:
- Se você deseja dar a Epaminondas uma laranja, o que deverá dizer?
O estudante respondeu rapidamente:
- Aqui está, Epaminondas, uma laranja para você.
O professor gritou, furioso:
- Não! Não! Quero que você pense melhor e aja como um profissional do Direito!
O estudante pensou um pouco e então respondeu novamente:
- Ok, professor, então eu diria assim:
"Aos xxx dias do mês de xxxxxxxx, do ano de xxxxx, eu, por meio desta dou e concedo a você, Epaminondas de tal, filho de Seu Cicrano e Dona Fulana de tal, portador do CPF n.o xxxxxxxx e RG n.o xxxxxxx, e somente a você, a propriedade plena e exclusiva, inclusive benefícios futuros, direitos, reivindicações e outras reinvindicações, títulos, obrigações e vantagens no que concerne à esta fruta denomina laranja, em questão, juntamente com sua casca, sumo, polpa e sementes transferindo-lhe todos os direitos e vantagens necessários para espremer, morder, cortar, congelar, triturar, descascar com a utilização de quaisquer objetos e de outra forma comer, tomar ou de qualquer forma ingerir a referida laranja, ou cedê-la com ou sem casca, sumo, polpa ou sementes, e qualquer decisão contrária, passada ou futura, em qualquer petição, ou petições, ou em instrumentos de qualquer natureza ou tipo, fica assim sem nenhum efeito no mundo cítrico e jurídico, valendo este ato entre as partes, seus herdeiros e sucessores, em caráter irrevogável e irretratável, declarando Epaminondas que o aceita em todos os seus termos e conhece perfeitamente o sabor da laranja, não se aplicando ao caso o disposto no Código do Consumidor, tendo como testemunha factual as pessoas presentes aqui neste recinto, nesta cidade de xxxxx, aos de xxx de xxxxxxxxxx de 2007."
Após ouvir tudo isso o professor comentou:
- Ah, agora melhorou bastante, mas não precisa resumir tanto assim !!
Os Pensamentos do Dia
MESTRE NA ARTE DAS CASCAS DE BANANA
Vale começar com a repetição do provérbio árabe de que bebe água limpa quem chega primeiro na fonte. O que pretenderia o presidente Lula derramando-se em elogios a Ciro Gomes, até tentando aproximá-lo do PT, ao tempo em que se refere a Aécio Neves como se fosse um aliado, recebe José Serra à maneira de um príncipe, no palácio do Planalto, e faz espalhar que seu sucessor não precisará provir do seu partido.
Muita gente supõe sinceridade nessas novas posturas presidenciais. Inexistem motivos para rejeitar o raciocínio. Afinal, estando no exercício do segundo mandato e não podendo, pelos termos atuais da Constituição, disputar um terceiro, é natural que o Lula se volte desinteressadamente para planejar o futuro. Sem alusões ao novo ministro Mangabeira Unger, é claro.
Para o atual presidente, interessaria ser sucedido por alguém que não caísse de tacape e borduna sobre seu governo prolongado. Um sucessor capaz, até, de dar continuidade a alguns de seus projetos.
O problema é que tem gente desconfiando de tanta generosidade. O homem, mesmo sem diploma universitário, é catedrático em política. Mestre na arte de espalhar cascas de banana na trajetória dos outros. Nesse particular, lembra Getúlio Vargas, que transformou um governo provisório em quinze anos de poder. Não seria o caso de o Lula estar queimando candidatos, em vez de criar hipóteses? No fundo, não estaria nessa nova abertura o embrião do continuísmo? Porque ligar Ciro Gomes ao seu governo e ao PT poderá vir a ser fatal para as pretensões do independente ex-ministro da Integração Nacional. Suas chances existem na razão direta de inaugurar uma nova fase econômica, social e institucional.
Jogar incenso no palácio da Liberdade, beatificando o governador Aécio Neves, não seria, em paralelo, uma forma de incompatibilizá-lo com a parte dos tucanos empenhada em desencadear terremotos oposicionistas? Quanto a José Serra, a estratégia é a mesma.
Mais estranhos parecem os comentários referentes ao fato de o PT não dispor de candidatos naturais, daqueles desde já definidos. Teria sido o caso de José Dirceu, não fosse a lambança por ele mesmo perpetrada junto com Delúbio Soares e outros.
Jacques Wagner, Dilma Rousseff, Tarso Genro, Patrus Ananias, Marta Suplicy e demais companheiros realmente não empolgam, mas ir deixando isso claro, desde já, em comentários variados não caracterizaria uma estratégia?
Qual? Ora, a de queimá-los, abrindo a porta para o terceiro mandato. Impossível desenvolver esse roteiro a frio, mas será bom atentar que se tornará viável diante de duas paralelas: de um lado, mostrar-se o segundo governo melhor do que o primeiro. De outro, evoluir em torno da crise que seria a falta de soluções.
Em especial se o Congresso vier a revogar o princípio da reeleição, com o aumento dos mandatos presidenciais para cinco anos. Por que? Porque alterado outra vez o regime, não começará tudo do zero? Todo cidadão poderia candidatar-se, sabendo estar excluída daí por diante a possibilidade do segundo mandato. Mesmo, ironicamente, se vier a tratar-se do terceiro...
Artigo do jornalista Carlos Chagas, comentarista do SBT e da Rádio Jovem Pan, no blog dos blogs